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De sonhar na Belina a realizar em Paris – por Camile Freitas

Do sonho à realidade - Parte 1

Um longo caminho entre a Belina e Paris

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Viajera convidada: Camile Freitas

Jornalista, cantora de karaokê e mãe de gato

Como Au Pair, ganhando em dólares, pude começar a viajar sozinha. Meu primeiro destino foi a Europa. Em Londres, na London Eye

Eu lembro até hoje o momento exato em que a ficha caiu e eu entendi que teria que viajar sozinha pela primeira vez. Não foi um grande susto ou uma grande decepção, apenas um fato: “é o que tem pra hoje”. 

Talvez um pouco de contexto seja necessário. Eu sou a caçula de três filhos e minha família nunca teve muito dinheiro. Nunca faltou nada, graças a Deus, mas também nunca sobrou. 

Durante toda a minha infância, viajar significava enfiar as crianças na Belina do meu pai (quem lembra desse carro?) e ficar seis horas dentro dele rumo ao norte, para a casa dos meus avós maternos no Rio de Janeiro, ou rumo ao sul, para a casa de praia da minha avó postiça, na Praia de Leste, Paraná

Não se engane: eram viagens divertidíssimas e eu tenho lembranças maravilhosas de montar teatrinhos com a minha irmã na janela da vovó, ou brincar de Uno com os amigos da praia.

Mas enquanto eu aprendia inglês assistindo Friends e Dawson’s Creek, e conhecer Nova York e Paris parecia um sonho distante, eu tinha que ver as colegas de escola viajando para a Disney, fazendo intercâmbio e contando histórias dos outlets de Miami – brasileiros, né mores? 

Eu cheguei a pedir para a minha mãe algumas vezes para fazer intercâmbio, mas o dinheiro não dava. E vida que segue.

A resposta para o meu sonho de adolescente: o programa de Au Pair

Pela 1ª vez não tive que negociar nada com ninguém: passei 6 horas no Museu do Louvre do jeito que eu quis!

Fast forward para depois da faculdade e eu tinha andado de avião só uma vez na vida: um bate e volta no Rio para entrevistar o Edson Celulari para uma revista em que eu escrevia na época. 

Eu fiquei sabendo do programa de au pair quando tinha 23 anos – aquele sistema que você mora na casa de uma família e cuida das crianças por um salário “marromeno”, casa, comida, roupa lavada – que você mesma vai lavar, claro! – e uma bolsa de estudos para justificar o visto de estudante. 

Era a minha chance de fazer o tão sonhado intercâmbio!

E lá vou eu. Preparei as minhas malas, comprei um monte de tranqueira brasileira para levar para a minha família americana – desde paçoca e pé de moleque a Havaianas e CD da Daniela Mercury – e fiz a minha segunda viagem de avião ever com mais umas 30 meninas (bem barulhentas, aliás). 

Calma! Eu vou chegar a parte de viajar sozinha.. podemos chamar esse texto de parte 1, ok?

O hotel do treinamento ficava a duas horas de… NOVA YORK! Que sonho, que maravilha! Eu vou finalmente conhecer Nova York! Chandler Bing, aqui vou eu! Mas que decepção…

Hahahaha! Esse é o problema em criar expectativas, né? Eu e mais não lembro quantas meninas, super cansadas depois da maratona de cursos e aulas, num ônibus mequetrefe, o dia estava muito frio e chuvoso e eu não pude ver nenhum dos lugares que eu sempre sonhei na minha Nova York, porque tínhamos que seguir o roteiro do busão. Fuen Fuen Fuen

Já na casa da minha família, um belo dia a minha host mother me pergunta: o que você pretende com essa experiência? Eu não pensei duas vezes: eu quero viajar! 

 

Minha primeira chance de viajar sozinha

Meu primeiro destino na Europa foi a majestosa Londres: enquanto minha amiga trabalhava, eu explorava a cidade!

Já sabia qual seria meu primeiro destino: Londres, para visitar uma amiga da faculdade que estava dividindo um quarto com outras três brasileiras, e uma esticadinha em Paris. 

Durante o dia, eu conhecia Londres sozinha, já que minha amiga estava trabalhando. Mas, à noite, essa cidade incrível era nossa… pubs divertidíssimos, uma noite inesquecível na famosa balada Heaven e um piquenique à noite, com vinho e sanduíches do McDonald’s no parque em frente à London Eye

Essa rainha sabe das coisas!

Teoricamente, eu sabia que iria a Paris sozinha, que faria as coisas sozinha, dormir no hostel com estranhos sozinha, comer no restaurante sozinha e me virar sozinha. 

Pensei até em desistir, mas estamos falando de Paris aqui. Torre Eiffel, Museu do Louvre, Champs-Élysées e todas as coisas maravilhosas que fazem jus à reputação de Paris.

Logo de cara, percebi uma das principais vantagens de viajar sozinha: você faz o seu próprio roteiro! 

Você acorda a hora que quer, vai onde quer, fica a quantidade de tempo que quiser em cada local e basicamente monta a sua viagem perfeita

Sem ter que ceder para as vontades do seu companheiro de viagem e sem precisar sacrificar algo que queira muito. Londres com a Milena foi fantástica? Sem dúvida! 

Mas Paris foi a minha Paris… desde o choro ao ver a torre Eiffel até a escolha de passar O DIA INTEIRO andando pelo Louvre – incluindo a decepção com a Monalisa de Da Vinci.

Meu primeiro dia foi puxado… eu perdi meu voo Londres – Paris e acabei fazendo amigos estranhos no aeroporto enquanto esperava meu próximo vôo – afinal de contas, não é todo mundo que está disposto a conversar com uma brasileira tagarela com sotaque americano!

Paris foi minha - a descoberta das maravilhas de viajar sozinha

Quando vi a Torre Eiffel chorei de emoção. Mas bom mesmo foi descobrir a liberdade que viajar sozinha proporciona!

Chegando em Paris, fui até o hostel, larguei as malas e me joguei

Comecei na Torre Eiffel, e chorei feito uma criança… estamos falando de 2007, crianças! Então não tinha Instagram (e um esboço do Facebook) para mostrar essas coisas para a família (uhum!). 

Então eu gravava vídeos, na minha câmera digital, para mandar depois. Tive que fazer três takes para não mandar o vídeo com aquela voz embargada, cheia de choro, que a sua mãe adora ouvir quando você está sozinha no mundo!

Na torre, eu passei umas duas horas tirando fotos, andando pelo jardim, subindo nas coisas, vendo ratos nas lixeiras, e fazendo a turista

Sem ninguém para dizer “vamos ficar mais um pouco” ou “já deu, vamos para outro lugar”: eu decidia o horário e o roteiro de tudo! Estava no céu…

Como a maioria das coisas que eu queria ver estavam na Champs-Élysées, eu decidi andar aquela avenida inteira. 

Eu nunca me perdi tanto na vida! “Olha que rua linda!” e entrava ali… “Olha a janela florida! Tem outra ali do lado!” e lá ia eu. E quando eu me dava por mim, onde está Camile? 

Perdida pelas ruas de Paris! E é verdade que os parisienses não gostam de pessoas que perguntam se eles falam inglês… =/

Mas eventualmente, eu achava meu caminho de volta à Champs-Élysées, rumo ao Arco do Triunfo e ao Museu do Louvre. Eu andei tanto nesse dia e fiquei tão cansada que você consegue ver nas fotos o meu humor mudando à medida que o dia vai escurecendo. 

Muitas selfies, claro. Viajar sozinha significa aprender com maestria a arte das selfies.

O dia seguinte teve menos andança. Eu pude acordar a hora que quis, comer no restaurante de minha escolha e ganhar as ruas de Paris mais uma vez. 

No meu segundo (e último) dia em Paris, eu fui à catedral de Notre Dame e tive a oportunidade de passar um tempão admirando todas as pequenas esculturas em sua fachada. 

Não é à toa que ela demorou séculos para ficar pronta – cada pequeno rosto talhado na entrada tem uma expressão magnífica

De lá, direto para o Louvre, onde passei horas andando e absorvendo toda aquela grandiosidade ao meu redor. 

Sempre que combino uma viagem com alguém, tenho que colocar em contrato a quantidade de vezes que vão me deixar ir em um museu… mas sozinha não! E eu não me arrependo de um minuto sequer das seis horas que passei andando pelo Louvre

Viajar com amigos e família tem suas vantagens? Claro que sim! É muito bom ter com quem dividir as coisas – emocional e financeiramente – e compartilhar lembranças, mas eu aconselho todo mundo a não descartar viajar sozinha até você tentar. Você vai se surpreender!

Na parte 2, vou contar outras experiências viajando sozinha. Como a vez que fui para Nova York no Natal e o tiozinho agarrou a minha bunda quando pediu para tirar uma foto comigo! Aguarde no Blog La Viajera!

Quer realizar o sonho de viajar ou fazer um intercâmbio nos Estados Unidos? Conte com a agência La Viajera, entre em contato!

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Dicas para Morar Fora do Brasil – Califórnia – por Evelyn Cheida

MORAR FORA DO BRASIL - MINHA PRIMEIRA REAL AVENTURA

Dicas para morar fora - aprendizados da minha doce e desafiadora história na Califórnia

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Evelyn Cheida

Jornalista fundadora do blog que mais empodera a mulher para viajar

Meu primeiro contato com Tubarões: uma das muitas novas experiências inesquecíveis que tive ao me jogar ao desconhecido e ir mora fora na Califórnia (EUA)

Hoje trago dicas para quem quer morar fora do Brasil. Se você também quer realizar esse sonho, fale comigo na @agencialaviajera, eu monto intercâmbio com meus professores nativos a partir de 2 semanas de estudo pelo menor custo! 

Sabia que a minha primeira viagem sozinha, a primeira grande aventura da minha vida já foi logo morar fora? 
Pode parecer loucura para alguns ou um grande ato de coragem para a maioria. Mas a real é que para mim, a opinião alheia nunca teve muita importância. Foi a realização do meu maior sonho.

Calma, eu não te enganei quando contei da minha primeira viagem sozinha no Brasil. Mas é que eu fui com uma galera, e de lá resolvi seguir sozinha, mas por algum motivo essa história não me marcou. Meu grito de independência mesmo foi quando eu me joguei pro exterior.

Eu nunca quis morar no Brasil. Se no momento estou aqui, são por razões familiares. Na verdade, esse é o único motivo que ainda me segura. Minha gana de morar fora começou muito cedo, quando comecei a estudar inglês, ainda criança.

Minha professora tinha feito intercâmbio, e eu de cara me fascinei por aquilo. Ali determinei que queria isso pra mim. Queria viajar, falar línguas, morar fora, ganhar o mundo.

Aos 10 anos me tornei fluente em inglês e tracei meu destino. Seria uma mulher cosmopolita, do mundo. Meu pai não permitiu o intercâmbio – só eu pra sonhar que um pai que não permitia nem que eu dormisse na casa de uma amiga, me deixaria morar em outro país!

Mas eu tinha esse plano claro na cabeça. Cresci. Me formei em Jornalismo. Alguns anos se passaram.

Terminei um relacionamento tóxico (sempre essas histórias né? Já aconteceu na minha vida, na vida das colunistas do blog e claro, na sua também!) e decidi que era a hora. Mas outro boy lixo apareceu e me enredei em outro relacionamento complicado, de idas e vindas.

Até que em uma dessas idas… vendi minha moto, comprei a passagem, me matriculei em uma escola para conseguir o visto de estudante, tudo em um dos destinos dos meus sonhos – sim, um deles, porque sempre quis rodar o mundo e tinha e ainda tenho uma lista de lugares onde moraria.

O escolhido da vez foi a belíssima e encantadora cidade litorânea de San Diego, no sul da Califórnia.

Foi difícil convencer meu pai. Não faltou chantagem emocional da parte dele. Minha mãe sempre me deu força em relação a isso. Mas deixar o ninho é sempre muito difícil e doloroso, por mais que a gente queira muito. Fui embora com um mistura de coração partido e cheio de esperança ao mesmo tempo.

Ninguém disse que realizar um sonho são só flores. A pássara que queria voar é de cultura latina, por isso com forte vínculo emocional com seus pais. E a culpa por deixá-los a acompanhou em toda jornada.

Para morar fora, levei na mala muita coragem

Morar na Califórnia foi realizar meu maior sonho. Algumas mulheres sonham com filhos, eu sempre sonhei em viajar o mundo e morar forar - Missão cumprida e eternamente ongoing!

O que eu tinha a meu favor:

  • Muita coragem

     

  • Muita esperança

     

  • Muita alegria e vontade de viver essa experiência

     

  • Inglês fluente

     

  • Pré-adaptação à cultura americana em anos de estudo e preparação

     

  • Um visto de estudante para 5 anos (mesmo tendo pedido só 6 meses. Se quiser saber o melhor jeito de conseguir o visto americano assim, comente aqui embaixo)

     

  • Uma amiga que já tinha morado lá antes conseguiu um lugar para eu ficar apenas no primeiro mês

E os contras:

  • O visto de estudante nos EUA não dá direito a trabalhar, o que significa que teria que trabalhar ilegalmente

  • Eu não conhecia ninguém lá – ao contrário de todos os brasileiros que vão porque tem algum parente ou amigo (pelo menos todos os que conheci!) – ou seja, me joguei sozinha real, oficial!

  • A separação dos meus pais, a quem eu sempre fui muito apegada (doeu muito e pesou durante todo meu tempo lá, o que acabou me fazendo voltar eventualmente)

  • Meu pai era totalmente contra a minha ida e por isso eu prometi a ele – e principalmente a mim mesma – que jamais pediria um centavo enquanto estivesse lá (pode acreditar que cumpri a promessa)

  • Ser imigrante não é fácil. Ser estrangeiro não é fácil. Você está fora do seu lugar, do seu sistema. Sem plano de saúde, sem seus amigos de infância, sem sua família, em outra política, outra cultura, outra culinária com outros temperos. Sua cabeça sente, seu corpo sente. Por mais que você queira, existem dificuldades na caminhada. Mas em 3 meses eu já estava 100% adaptada, livre do ex e muito feliz!

Uma experiência única e indispensável

Não tem como contar tudo que vivi, mas foi uma experiência maravilhosa. Eu simplesmente tinha que viver. Seria uma mulher frustrada se não tivesse vivido meu sonho.

Algumas mulheres sonham com filhos e casamento. Eu sempre sonhei morar fora e viajar o mundo. Missão cumprida! Quer dizer, essa missão não acaba nunca. Que delícia viver sonhando e realizando o que queremos!

Tenho mil histórias para contar do tempo que morei fora do Brasil. Mas se o que querem saber é se valeu a pena, sim, valeu demais!! 

Depois dessa experiência transformadora é que me tornei uma viajante de verdade. Cresci. Me tornei adulta, mulher

Quando estamos em outro país, sem nossa rede de apoio, É ONDE NENÉM CHORA E MAMÃE NÃO VÊ! “A bala não é de festim, aqui não tem dublê!” (Racionais). Não existe opção, ou você cresce ou cresce!!!

Depois disso, passei a viajar todo ano para fora do Brasil. Minha mãe se tornou uma grande parceira de viagens, fizemos várias trips lindas juntas. Nossa relação melhorou muito.

Meu pai faleceu 6 meses depois que voltei. Imagine a culpa, imagina a dor. É na terapia que a gente aprende que não existe culpa, que devemos seguir nosso caminho, que tudo é como deve ser, mas que dói, dói…

Fiz viagem longa com namorado (vai ter dedo ruim assim na p….) e com amigas e pra dizer a verdade, foram péssimas experiências

Cito a primeira colaboradora do blog, Luciana Cardoso: “coragem é preciso ter para viajar em grupo! Viajar sozinha é uma benção!” 

E então, assim como ela, descobri a maravilha que é viajar sozinha. Foram as melhores viagens que fiz na vida. Quando vamos abertas ao novo, e por isso, nos permitimos conhecer as pessoas mais incríveis. Não quero outra vida.

Não tem preço - o que ganhei de mais precioso

Experiências e aprendizados inesquecíveis. Amigos que ficaram em minha vida para sempre. Na foto, bem juntinho, meus queridos Ina Moreira e Serhat Sergin em uma deliciosa day party at the park
  • Aprendi a falar uma terceira língua – na Califórnia existe uma comunidade mexicana gigante. Eu que não sou boba nem nada, aproveitei essa convivência para aprender o Espanhol!
  • Aproveitei ao máximo com a grana curta que tinha. Muitos rolês, baladas e as viagens que deu pra fazer. Algumas: Nova York, Big Bear (neve), Palm Springs (deserto), MéxicoLas VegasSan FranciscoLos Angeles, Santa Bárbara e quase todas as cidades da costa da Califórnia, além de toda a icônica estrada 101, incluindo a belíssima Big Sur (paraíso!)
  • Amigos para toda vida. Quando moramos fora sentimos uma necessidade de formar uma família, laços fortes. Passar juntos os natais, páscoa, Thanksgiving. Tenho amigos que moram pra sempre em meu coração, mantemos contato e já nos vimos novamente quando voltei na minha Sweet Cali!!
  • Conheci gente de todo o mundo (foi a primeira vez, isso acontece em quase todas as viagens internacionais). Lá tem comunidade de tudo que é lugar do planeta!
  • O aprendizado é absurdo, tão grande que não cabe em texto ou em livro nenhum. A diversidade de culturas, de experiências, de pessoas que conhecemos no caminho. Sair da nossa zona de conforto é o maior presente que podemos nos dar na vida!
  • Estudar em uma College americana. Ter a oportunidade de viver a experiência única de escolher cursar aulas totalmente diferentes (Yoga, Violão, Oceanografia, História, Literatura, etc). Algo completamente oposto do que vivemos na universidade no Brasil!

Desafios e perrengues

  • Roomates

Não fui acostumada a dividir quarto, então ter roomate (colega de quarto) não foi fácil, tanto que só tive por 2 meses. Definitivamente não é para mim. Mas lá é quase impossível conseguir morar sozinha nos primeiros anos devido ao alto custo, então dividir pelo menos a casa é inevitável.

Mas tive muita sorte. Morei em edícula. Também morei em uma casa onde a dona vivia em outro estado e nunca aparecia, e o outro roomate era da Marinha, enfim. O universo pode conspirar a favor dos nossos desejos, rs!

E também dividi a casa com um querido da minha cidade, mas que só conheci lá! E virou um desses meus grandes amigos for life! O mundo é um ovo!

  • Saúde

A saúde é uma grande questão nos Estados Unidos. Eu rezei durante os dois anos em que estive lá para nunca precisar de um hospital e graças a Deus fui ouvida! Conheço gente que pagou US$ 25 mil em uma simples cirurgia de apendicite! Algo que qualquer brasileiro faz pelo SUS – mas reclama dele. Minha amiga pagou US$ 700 por um raio-x na Flórida recentemente!

A única vez que fiquei muito mal, foi em meu segundo mês em San Diego. Creio que peguei a “flu”, que é tipo uma virose braba! Fiquei 5 dias com muita febre, vômito e diarreia, foi horrível. Me indicaram uma “Free Clinic” que cobrava US$ 50 pela consulta. 

Joguei meus preciosos dólares fora. Disseram que não me receitariam nada até que saísse o resultado do exame que demorava mais 5 dias! Adivinha? Até sair eu já estava curada e nem fui buscar o resultado! É claro que foi absoluta loucura morar fora sem ter feito um seguro viagem!  

Se você ainda não viu o perrengue que passei na Colômbia porque viajei sem seguro viagem, veja aqui

  • Ser obrigada a estudar (e gastar) para manter o visto

No meu caso, para manter o visto de estudante, era obrigada a ter no mínimo 75% de frequência escolar. Para quem vai aprender o idioma do país que vai morar, permanecer anos estudando é uma ótima pedida. Mas eu já era fluente desde os meus 10 anos de idade e ter que frequentar a escola atrapalhava demais a minha vida.

Tinha que frequentar e pagar a mensalidade, o que pesava no orçamento e na minha agenda. Afinal, precisava trabalhar duro e fazer dinheiro!

Como eu já não queria mais estudar o Inglês (8 anos no Brasil, mais um ano lá já foram suficientes), resolvi ir para a faculdade. Frequentei por um ano e foi uma experiência incrível. Porém o custo de uma faculdade – mesmo sendo a tal community college – para estrangeiro é 5x o valor que custa para um americano.

Essa, sem dúvida, foi uma das coisas que mais pesaram em minha decisão de ir embora.

  • Trabalhar em subempregos

Eu já era uma jornalista formada. Mas lá eu era uma estudante internacional, sem permissão de trabalho. Todo estrangeiro que se vira nessas condições (tirando muitos asiáticos, que esbanjam dinheiro no shopping rsrs) precisa trabalhar fora de sua profissão para sobreviver. 

Comigo não foi diferente. Trabalhei como busser, hostess (descobri que existia dor até no quadril nos turnos de inverno, ao ficar horas posando de modelete na porta dos restaurantes), garçonete, delivery, e fiz muitos eventos. Os jobs mais próximos da minha área de formação foram de marketing e promoção.

  • Relacionamentos amorosos

Prepare-se para um verdadeiro choque cultural ao se relacionar amorosamente fora do país. Absolutamente tudo é diferente do que estamos acostumadas. 

A paquera, a abordagem, o encontro, o tempo que leva para o primeiro beijo, a forma de expressar sentimento, o respeito, a maravilhosa falta de ciúme (eles têm, mas respeitam você como mulher e o manifestam de forma muito diferente). 

Beijar na rua não rola, você pode ouvir um alto “Get a room!” das pessoas ao redor. Andar de mãos dadas também não é muito comum. Mas eu andava com my boo, sim! Claro que tudo vai depender muito de cada pessoa, lugar, criação, cultura…

Mas isso não quer dizer que os “gringos” não sejam calorosos, românticos e amorosos!! Apenas são bem diferentes do que estamos acostumadas! 

Uma coisa posso garantir: eles estão anos luz à frente de nossos queridos latinos em relação ao sexismo (não são machistas!). Fato!

Só esse tópico já daria um artigo, rs. Quando estamos lá fora, a carência aflora (até rimou)! E não é nada incomum sentirmos vontade de ficar com alguém de nossa própria cultura, de nos sentirmos acolhidas, de ter aquela sensação de familiaridade.

Antes de ir, eu achava isso até absurdo, mas muitas brasileiras acabam ficando com brasileiros. Mas vivendo lá pude compreender bem as razões, essas que acabei de te explicar. Acontece nas melhores famílias e eu também não fugi à regra, rsrs. #temperobrasileiro #coisanossa

Cada vez mais brasileiros decidem morar fora - e o perfil do emigrante amadurece

Fui muito feliz no tempo que morei fora. A Califórnia será pra sempre minha segunda casa. Na foto, a maravilhosa Los Angeles, vista do incrível Getty Museum

Desde 2018 vem crescendo, e muito, o êxodo de brasileiros para o exterior. Naquele ano, 22,4 mil pessoas fizeram declaração definitiva de saída do país.

Portugal parece ser a opção número 1 de nossos conterrâneos nos últimos anos. O país já acolhe mais de 150 mil brasileiros em seu território. É muita gente!

De acordo com matéria veiculada na Gazeta do Povo, em 2019, o número de pessoas que optaram por deixar o Brasil e se mudar definitivamente para o exterior foi mais que o dobro (crescimento de 125%) do registrado em 2013

Essa estatística se refere apenas às emigrações com Declaração de Saída Definitiva registrada pela Receita Federal, as únicas das quais há dados concretos.

Além do aumento registrado no período – com pico em 2018 –, o perfil do emigrante brasileiro mudou. Antes, as pessoas que deixavam o país eram em sua maioria solteiros com ensino superior. Agora, são mestres, doutores, casais e famílias completas que formam a maior parte desse êxodo do Brasil.

#exodus. “Movement of Jah people…”

Sonha fazer um intercâmbio nos Estados Unidos também?

Sonha em morar fora do Brasil também? Pra onde quer ir? Conte comigo nessa jornadaTudo vale a pena se for o que você quer de verdade!

Em minha agência de viagens, a La Viajera, eu promovo um intercâmbio na Califórnia na escola dos meus professores nativos e excelentes, ou seja, eu comprovo 100% da qualidade de ensino, sem falar na qualidade daquele lugar maravilhoso!! Venha realizar esse sonho com quem sabe! Fale comigo na @agencialaviajera.
 

Como já disse, tenho mil histórias para contar da minha experiência ao morar fora do Brasil. E ainda terei mais, pois é algo que farei de novo, com certeza! 

E você, já morou fora? Onde?

#morarforadoBrasil #viajarsozinha #morarfora #morarnacalifornia #morarforasozinha #laviajera #dicasparamorarfora #dicasdeviagem #dicasderoteiro #viajandosozinha 

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Minha Viagem, Minhas Regras – Longe da solidão – por Evelyn Cheida

Viajar sozinha não significa ficar sozinha!

Você deixa de viajar sozinha com medo da solidão? Pois saiba que só fica sozinha na viagem quem quer

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Evelyn Cheida

La Viajera, jornalista fundadora do blog que mais empodera mulheres para viajarem sozinhas.
Lugar de mulher é onde ela quiser!

Amizade à primeira vista: conheci meu querido Márcio Falcão em Barcelona e nosso elo segue forte há 8 anos

Viajar sozinha não significa ficar sozinha! E esse costuma ser o primeiro questionamento das pessoas quando digo que estou indo: “mas não é chato fazer tudo sozinha?”, “ah, não gosto de fazer nada sozinha, me sentiria perdida sem uma companhia…”.

Bom, temos várias questões aí, e a principal é você aprender a amar a si mesma e a estar em sua própria companhia. Esse é o verdadeiro empoderamento feminino. Tudo parte desse lugar. Estar sozinha não é sinônimo de solidão!

Mas isso não significa que quando viaje sozinha, permaneça assim! Pode ter certeza que isso só acontecerá se esse for o SEU desejo!

Admito que, a meu favor, sou uma pessoa extrovertida, comunicativa e “faço amizade até com árvore” rsrs.

Eu fiz tantas amizades em todas as minhas viagens que não conseguiria enumerar. E o mais legal, é que muitas delas permanecem, ao contrário do que se poderia imaginar.

Fiz amigos na maioria dos lugares por onde passei. O que me inspirou a escrever esse artigo foi que, ao rever fotos de viagens que “fiz sozinha”, em muitas delas eu estou acompanhada, às vezes de um monte de gente! (Você não imagina o desafio que foi escolher só 4 fotos para esse artigo!)

E o melhor, com o sorriso mais genuíno na cara! Porque quando viajo sozinha, tudo que faço é ESCOLHA MINHA! 

Então se estou de rolê com alguém ou uma galera, é única e exclusivamente porque me caíram muito bem, e eu tive vontade!!! Não preciso fingir nada, nem pagar simpatia para ninguém! Estou viajando sozinha, sou livre, faço o que bem quiser!

O Marcinho (foto acima) é um ótimo exemplo de uma amizade que permanece! Somos amigos há mais de 10 anos e nos conhecemos em Barcelona!

Como se chama o novo álbum do Bad Bunny e muita gente achou estranho, “YHLQMDLG”. Para quem não sabe, a sigla significa: “Yo Hago Lo Que Me Da La Gana!”. Adoro! Super me identifiquei rsrs

Não preciso fazer sala, aturar, fazer nada que eu não esteja afim por obrigação, não tenho compromisso de agradar a ninguém!!! Tem coisa melhor do que a liberdade??? Na moral, se existe, Deus guardou só pra ele!

Minha Viagem, Minhas Regras!

Anita Karo trabalhava no hostel que fiquei em Cartagena. Machuquei o pé e ela cuidou tão bem de mim! Ficamos super amigas. Rodamos a cidade toda de bike!

Já que a liberdade é a rainha em questão, o que acontece são as melhores interações. De pessoas que só ficam juntas se REALMENTE quiserem passar tempo juntas e fazer coisas juntas!!

E sem compromisso de nada, são todos livres! Foi a um lugar com um novo amigo(a) e não curtiu? Guess what? Chama um uber, vai pra outro lugar, volta pro hotel, faz o que quiser!!!

Você é a dona do jogo. E como disse, você fica sozinha se quiser. Cada um tem uma razão para viajar e um momento da vida em que isso acontece.

Então pode ser que você queira ir para ficar sozinha, sim! Maravilha! Meditar, refletir, ler um bom livro, passar esse tempo só com você – perfeito. Um tempo para o autoconhecimento, algo necessário na vida, principalmente se isso ainda é novo para você.

Ou pode ser que você seja uma pessoa extrovertida, assim como eu. Eu amo conhecer a cultura local, e para isso não há jeito melhor do que conversar com os locais. Quero que me contem sobre o lugar, sobre sua cultura.

Que me ajudem com a língua ou expressões do país/região, me indiquem os melhores rolês, baladas, restaurantes, lugares para as melhores compras, etc. Coisas que só um local pode fazer por você, longe dos roteiros turísticos tradicionais!

Mas você pode seguir os guias ou consultar tudo pela internet. De novo – you’re the boss! 

Mesmo se esse não for seu objetivo, permita-se abrir para o novo

2 brasileiras, 1 suiça e 1 italiana. O melhor foi conhecer alguém de Rondônia na Colômbia e encontrar ela 2 vezes depois na gigante São Paulo, sem combinar! Qual a chance, né Janine Martinez? Só temos boas histórias de muita festa pra contar!

 Já sei que muita gente está pensando: “Mas Evelyn, não sou como você! Sou fechada, tímida, não tenho coragem ou não me sinto confortável falando com estranhos”. Se esse for o caso, te digo duas coisas.

Primeiro, quando a gente viaja sozinha, por mais que seja difícil para você acreditar agora, as coisas fluem naturalmente de forma diferente. Quando viajamos em casal ou em grupo, ficamos fechadas em uma bolha.

Isso é normal, dificilmente vai ser diferente. Você está com aquela pessoa(s), fez planos com ela(s) e suas energias estão direcionadas para esse amor, amigos, família, etc.

E quando você vai com seu par, ainda tem um agravante: a possibilidade dele ser ciumento existe (ah, homens latinos!) e isso te “poda”. Mal se pode olhar para o lado, que dirá conversar com as pessoas! Eu já passei muito por isso, tenho muita propriedade para falar!

Mas quando você vai sozinha a dinâmica é diferente. Mesmo que seja tímida, naturalmente você estará mais inclinada a ver as outras pessoas. Falar com elas. Se abrir. Fazer amizades. Sua visão se torna muito mais ampla. Infinitamente mais ampla…

Segundo, mesmo que você esteja determinada a permanecer fechada consigo mesma em sua viagem, eu te peço: se dê uma oportunidade. Dê uma oportunidade ao mundo de te surpreender.

Olhe nos olhos, sorria, esteja aberta a se comunicar, a conhecer, ouvir o outro. Saber da sua cultura, seus hábitos, sua visão de vida. Isso pode mudar sua vida de tantas maneiras que nem posso te descrever.

Conheci as duas pessoas das fotos acima na minha amada Cartagena!

Mulher solteira viajando sozinha: nada mal!

Viajar sozinha não é sinônimo de ficar sozinha: permita-se surpreender!

Sim, vamos falar disso também! Já vimos que viajar sozinha não significa ficar sozinha. E se você é solteira e quiser viajar sozinha… minha querida, muita coisa boa pode te acontecer, se você estiver aberta a possibilidades

Às vezes nem estamos, mas a vida nos surpreende! Esse lance de se sentir livre e dar chance ao mundo e à vida e aprender a simplesmente deixar rolar é bom demais!

Belas aventuras e/ou lindos encontros acontecem onde e quando menos se espera… tudo é possível.

São lembranças que você vai guardar para sempre, e acredite, muitas conexões são fortes o suficientes para permanecerem na sua vida. De uma forma ou de outra.

Mas é claro que você não vai viajar “à caça”. Essas coisas só tem graça quando não são planejadas!

E lembre-se, o verdadeiro empoderamento é se amar e estar bem consigo mesma sempre, aonde for!! Mas isso não significa que temos que nos privar do melhor da vida! Pelo contrário – abraçar a liberdade e estar no comando total dela.

Tenho muitas amigas que também viajam sozinhas – aliás, agora por causa do blog, me dei conta de quantas amigas empoderadas e maravilhosas que eu tenho, e tenho orgulho de tê-las como colaboradoras do Blog La Viajera (muitas ainda vão escrever aqui).

Além delas, conheço muitas outras mulheres de várias nacionalidades em minhas viagens.

Então, confia em mim quando te digo: se joga! A vida pode ser maravilhosa quando estamos dispostas!

Se você quer viajar em segurança, sem se preocupar com nada, procure a minha agência @agencialaviajera, deixa que cuidamos de tudo pra você!

#viajarsozinha #minhaviagem #minhasregras #laviajera #sejoga #sepermita #sóficasozinhaquemquer #solitudeversussolidao #mulheresqueviajamsozinha

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Viajando Sozinha pelo mundo – por Nelma Pascoal Lima

Viajando Sozinha - Sim, você pode!

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Viajera convidada: Nelma Pascoal Lima

Brasileira em Londres há quase 2 décadas, ama viajar sozinha!

Em Mount Rinjani - um vulcão na Indonésia

Sou uma viajante perspicaz – conhecer novos lugares é algo que sempre gostei. No entanto, passei a maior parte da minha vida não indo a lugar algum apenas porque não queria ir sozinha

Eu tive um feriado estranho aqui e ali, seja com alguém com quem estive romanticamente envolvida ou com amigos. 

 

O pensamento de voar solo para uma parte inexplorada do mundo era muito assustador, para não dizer não muito divertido.

 

“Quando você sai da sua zona de conforto, o que antes era desconhecido e assustador se torna seu novo normal.” – Robin S. Sharma, autor e palestrante inspirador.

 

Só de me mudar do Brasil para o Reino Unido – há 18 anos –  poderia me colocar na categoria de mulheres viajantes corajosas, só que não me sentia assim

 

Eu poderia passar férias sozinha? Bem, eu tive que começar a experimentar pequenas coisas sozinha primeiro, como ir ao cinema ou a um museu – resolvi isso rapidamente, foi fácil e legal. 

 

No entanto, ir a um restaurante ou pub provou ser uma tarefa um pouco mais difícil. A primeira vez que pedi uma mesa para uma em um restaurante, eu estava em Harringay, norte de Londres. 

 

O garçom agiu surpreso. De fato, ele me perguntou duas vezes se eu estava esperando alguém. Nas duas vezes eu respondi que não – sou apenas eu. 

 

Em uma cidade tão cosmopolita como Londres, tenho certeza de que ele deve ter servido outras mulheres comendo por conta própria, ou talvez não?

 

De qualquer forma, a ideia era aproveitar minha própria companhia, o som das vozes na minha cabeça (eu posso ter tido várias conversas em voz alta em público!), ou apenas o silêncio completo. 

 

Obviamente, essas eram iniciativas que não exigiam que eu passasse muito tempo sozinha – algumas horas ou uma tarde inteira no máximo. Mas, ei, foi pelo menos um passo em direção a algo.

 

Quando você está tentando planejar um tempo com alguém, você deve considerar que nem todos podem querer fazer as mesmas coisas que você

 

Ou pior, a ideia de férias pode ser totalmente oposta à sua. Um quer relaxar na piscina e ler livros, o outro quer beber e curtir a balada. 

Sempre é aconselhável verificar com o(s) outro(s) antes de se comprometer com qualquer coisa e evitar decepções. 

 

Mas se eu estivesse fugindo sozinha, eu só teria que agradar a mim mesma – e a ideia parecia ótima! Então fui lá!

 

“O homem que vai sozinho pode começar hoje, mas quem viaja acompanhado precisa esperar até que o outro esteja pronto”. – Henry David Thoreau, autor e poeta.

 

Depois de muitas experiências, aprendi que viajar sozinha não é chato, mas uma aventura, uma oportunidade de focar em mim mesma e somente em mim! 

 

Eu tenho muitas boas lembranças. A beleza disso nem sempre pode estar no destino, mas nos encontros que você pode ter com os habitantes locais ou outros turistas. Amizades também podem florescer no exterior.

 

Então, meu conselho é – apenas faça! Porque se você for esperar as pessoas irem a lugares, pode acabar não indo a lugar algum. Seja corajosa, você pode fazer isso. Eu prometo que você não vai se arrepender.

“Viajar é fazer uma jornada dentro de si”. – Danny Kaye, ator

Notas e Dicas

Em Pafos - Chipre
  • É sempre uma boa ideia pesquisar o país e a região que você visitará antes – esteja ciente das roupas e da herança cultural deles
  • O inglês é um idioma amplamente falado, no entanto, é uma boa ideia aprender algumas palavras nos idiomas locais, como agradecer e cumprimentar, ou no meu caso, “onde é um bom lugar para comer?” – sou louca por comida!Os habitantes locais sempre apreciarão seu esforço e você receberá muitos sorrisos em troca
  • Segurança, segurança e segurança – não importa quanto tempo você esteja viajando ou para onde, é sempre uma boa idéia deixar os detalhes do seu itinerário com um amigo de confiança ou um membro da família em casa
  • Além disso, verifique se você está entrando em contato com eles diariamente, mesmo que seja para dar um oi rápido – você pode obter Wi-Fi praticamente em qualquer lugar nos dias de hoje. Caso você vá ficar desconectada por um período de tempo, informe-os

  • Nunca carregue mais do que o necessário – uma cópia do seu passaporte deve ser suficiente, é melhor manter os documentos originais trancados durante a sua estadia

  • Faça um bom orçamento e leve apenas o dinheiro necessário para suas despesas diárias

  • Seja amigável, mas não ingênua com as pessoas que você conhece – nunca deixe sua bebida sem vigilância – e beba com responsabilidade

  • Dependendo do seu destino, verifique com seu clínico geral, talvez você precise de alguma imunização. Permita-se pelo menos 4 a 6 semanas antes de viajar para obter as vacinas necessárias, especialmente aquelas que requerem mais de uma dose. Isso deve dar às vacinas tempo suficiente para começar a agir, para que você esteja protegida enquanto viaja.

Viaje leve, fique segura e divirta-se!

Happy travels 🙂

*Este artigo também foi postado em inglês no blog da autora, conheça seus ótimos conteúdos: Poster Girl  

Quer viajar sozinha com todo o suporte de quem tem a experiência? Entre em contato com @agencialaviajera!

Confira opções na Indonésia e no Chipre!

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Mais Mulheres Viajam Sozinhas em Todo o Mundo – por Evelyn Cheida

Cresce número de mulheres que viajam sozinhas,
mas latinas ainda têm medo

Neste artigo você vai conhecer os dados de todas as pesquisas sobre o assunto: é notável o aumento de mulheres que viajam sozinhas no mundo todo! Mas as Brasileiras e demais Latinas ainda viajam muito menos.
Vamos entender por quê?

Picture of Evelyn Cheida

Evelyn Cheida

La Viajera, jornalista fundadora do blog que mais empodera a mulher para viajar sozinha. Lugar de mulher é onde ela quiser!

O crescimento de mulheres que viajam sozinhas é um fenômeno mundial

São inúmeras as pesquisas sobre o aumento de mulheres que viajam sozinhas e o blog La Viajera estudou todos esses dados e trouxe as informações mais importantes para você. As pesquisas globais são bem mais robustas e interessantes, siga na leitura! 

O último levantamento divulgado pelo Ministério do Turismo já está defasado (2017), mas já apontava que o percentual de mulheres que desejam viajar sozinhas (17,8%) é maior que o de homens com a mesma vontade (11,8%).

O MaxMilhas, que vende passagens aéreas por meio de milhas de programas de fidelidade, constatou que o número de mulheres que compraram voos individuais para o Carnaval em 2020 cresceu 8% em relação a 2019.

A Assist Seguro Viagem também observou que a maioria dos clientes que investiram na contratação de seus seguros de viagem em 2020 foram mulheres.

A gigante e-commerce de viagens Booking.com fez uma pesquisa em 2019 com clientes do Brasil, México, Colômbia e Argentina – homens e mulheres que já realizaram pelo menos duas viagens internacionais: 62% das mulheres afirmaram que já fizeram pelo menos uma viagem em sua própria companhia para outro país

Um dado interessante dessa pesquisa é a percepção predominantemente positiva acerca da mulher que viaja por conta própria. Para os latino-americanos, elas são independentes (65%), aventureiras (54%), seguras de si (51%) e corajosas (40%) – em meio aos viajantes brasileiros, os números sobem para 71%, 52%, 53% e 49%, respectivamente. 

Os números parecem bons, não? Mas decepcionam quando olhamos a grande figura.

Mulheres Latinas ainda têm medo de viajar sozinhas

Apesar da percepção positiva desta amostra, a mesma pesquisa da Booking mostra um dos motivos porque ainda estamos muito longe das europeias, campeãs em viagens solo.

O medo e a insegurança impedem 17% das mulheres latino-americanas de viajarem sozinhas. Segundo essa parte do levantamento divulgado pelo G1, 16% das mulheres nunca nem sequer pensaram na possibilidade, enquanto 55% justificam que preferiam a companhia de outra pessoa para viajar. 

A pesquisa mostra ainda que 38% das mulheres latinas nunca se aventuraram numa viagem em sua própria companhia. Não há dúvidas de que a violência deve ser um dos motivos compreensíveis para a apreensão dessas mulheres, porém há algo que não devemos ignorar nesse contexto.

A cultura latina ainda é uma das mais machistas e patriarcais do mundo. Implantada pelas religiões e diversos outros fatores, a ideia de que o “macho” pode tudo, claro, incluindo viajar sozinho e o que mais ele quiser, e a ideia de que a mulher seja sempre a bela, recatada e do lar, permanecem enraizadas. 

Estão profundamente marcadas no inconsciente coletivo de nossa latinidade, pouco importa se no Brasil, Colômbia, Nicarágua, México, El Salvador ou Argentina, etc. Muda a cor da bandeira e o carimbo do passaporte, mas essa ainda é a cultura latina, que nos impede de voar mais alto.

 

Crédito: Evelyn Cheida. Não pude deixar de tirar essa foto quando encontrei esse adesivo no espelho do banheiro feminino de um bar em Santiago do Chile

O machismo que nos sufoca e nos faz questionar se podemos ou devemos viajar sozinhas é o mesmo que causa altos índices de feminicídio, violência doméstica e sexual nestes mesmos países. Além, é claro, da eterna objetificação da mulher.

Isso tem que mudar e rápido. O blog La Viajera foi criado para te empoderar e somar nessa luta.

Em outros países as mulheres viajam sozinhas muito mais

A companhia aérea British Airlines fez uma pesquisa global no fim de 2018 que ganhou um nome incrível! (Don´t) Come Fly With Me(Não) Venha Voar Comigo

 

Foram ouvidas 9 mil mulheres de 18 a 64 anos no Reino Unido, EUA, Brasil, França, Alemanha, Itália, Índia e China. 50% delas contaram que já tiraram férias sozinhas. Veja que outras descobertas incríveis:

  • Quase metade das mulheres estão escolhendo viajar sozinhas

  • Mais britânicos (homens e mulheres) tinham mais de 50 anos quando decidiram viajar sozinhas pela primeira vez, em comparação a qualquer outro país – Ingleses e Inglesas empoderadas em qualquer idade! Sensacional!!

  • 16% das mulheres do Reino Unido tinham viagem marcada para os próximos meses na época da pesquisa

  • 75% das mulheres estavam planejando uma viagem individual nos próximos anos

  • As passageiras da cia embarcam em sua primeira viagem sozinha antes dos 25 anos

  • As italianas são as mais aventureiras. Um impressionante número de 63% entre 18 e 65 anos já explorou pelo menos um país estrangeiro sozinha, seguidas pelas alemãs com 60% – essa é a nacionalidade que viaja solo com mais frequência no mundo!

  • Mas parece que não estamos tão mal assim na fita: as menos inclinadas a se aventurar no exterior, com apenas 16%, eram mulheres dos EUA (já morei lá tenho uma teoria para isso…). No entanto, isso parece mudar, já que 62% estava planejando uma viagem sozinha nos próximos anos

  • Os EUA têm o menor número de mulheres que viajam sozinhas, com apenas 17% tirando férias solo, em comparação a 46% dos homens americanos; no entanto, aquelas que viajam têm maior probabilidade de viajar por mais de seis meses

  • Na China, mais mulheres do que homens fizeram uma viagem solo ao exterior mais de 10 vezes. Uau!

Geração Z: Um terço das mulheres planejam viajar sozinhas

Para a Geração Z viajar é mais importante do que construir patrimônio. E grande parte quer fazer isso sozinha(o)

A Booking.com produziu mais um estudo que nos leva à uma conclusão interessante – ninguém segura essa geração. A próxima geração de viajantes globais, entre 16 e 24 anos, está prestes a descobrir o mundo – e para elas isso é prioridade, antes de comprar uma casa ou formar patrimônio. 

Segundo o levantamento, 1 em cada 3 mulheres (36%) dessa geração planeja viajar sozinha pelo menos uma vez na próxima década. E mais:

  • 70% já tem uma lista de lugares que planeja conhecer

  • Um terço diz que realmente prefere ficar sozinha(o) quando viaja

  • 20% querem fazer um mochilão sozinha(o) ou tirar um ano sabático

  • 54% dão importância à obtenção de um emprego que inclua viagens e 57% dizem que um trabalho que os expõe a outras culturas também é atraente 

Mulheres de todas as idades estão viajando sozinhas - e mais fatos interessantes

Mulheres acima de 60 anos também viajam sozinhas - e isso é maravilhoso

O site Solo Traveler World também compila várias pesquisas interessantes:

  • As mulheres continuam a viajar mais sozinhas do que os homens. “47% dos viajantes com viagens de aventura no exterior estão registrados como ‘solo’. Um espantoso 85% desses viajantes individuais são mulheres”. Fonte
  • O mesmo artigo aponta que as pesquisas por “Solo Women Travel” aumentaram em 2019. “As pesquisas do Google por ‘solo women travel’ cresceram 32% em 2017 e 59% em 2018. Em 2019, o aumento saltou para 230%
  • O Pinterest vê um enorme crescimento no interesse por viagens individuais femininas. “O Pinterest também relatou um aumento de 350% nas mulheres que fixam artigos em apenas viagens femininas
  • Surto de baby boomers – pessoas nascidas entre 1950 e 1960 – viajando sozinhas! Um estudo realizado pela Booking.com lançado em maio de 2018 com 20.500 viajantes globais constatou que “também há um aumento nas viagens individuais com 2/5 (40%) dos Baby Boomers globais fazendo uma viagem individual no último ano, e mais 1/5 (21%) planejando comprar uma no futuro”. Fonte
  • A mesma pesquisa aponta que as pessoas afirmam que viajar sozinho é uma experiência que querem repetir. 34% dos entrevistados disseram que viajar sozinho está entre as “5 principais viagens em que eles já fizeram e gostariam de fazer novamente”.

As mulheres de todo o mundo estão descobrindo cada vez mais a delícia e o empoderamento de viajar sozinha! É só o começo! E você, ainda se sente insegura? Conta aqui nos comentários qual é o seu maior medo, estou aqui para ajudar! 

Aqui você encontra os melhores conteúdos para se empoderar e começar a viajar sozinha. Confira o guia completo com o passo a passo para planejar sua viagem e aprender a se libertar das crenças limitantes!

#laviajera #pesquisadeviagem #viajarsozinha #mulheresqueviajamsozinhas #solotravelers

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Mulheres que Voam – por Inahiá Castro

Só ganha o céu quem dá um passo no vazio

Viajar sozinha para voar - mulheres que praticam voo livre - e como são livres!

Picture of Viajera convidada: Inahiá Castro

Viajera convidada: Inahiá Castro

Jornalista e Piloto de Parapente

Viajar sozinha para voar era meu sonho de liberdade! Fui uma das primeiras mulheres a praticar voo livre no Brasil

Viajar sozinha e voar. Eu nasci com uma alma livre, e me lembro que esses eram os desejos mais fortes da minha infância. 

Quando eu pensava em ser “gente grande”, isso significava o passaporte para o mundo do “posso fazer tudo sozinha”.  

Me atraía essa possibilidade que os adultos tinham de saírem sozinhos, sem precisar andar de mãos dadas e sendo puxados por ninguém

Eles podiam ir à banca de jornal da esquina, ao supermercado, ao banco, ao trabalho, pegar estrada, ir a outras cidades, ir ao aeroporto, viajar sozinha pelo mundo. Era isso que eu queria da minha vida adulta. Queria ir…

Pertenço a uma família grande, numerosa em primos, tios, e isso me proporcionou uma infância e adolescência quase sempre na coletividade

Em casa, meus pais eram festeiros e animados, e os amigos eram sempre bem-vindos, tanto os deles como os meus e de meu irmão mais novo. 

Isso certamente contribuiu para eu me tornar uma pessoa sociável, comunicativa, que adora gente, mas também me despertou mais que a curiosidade, a necessidade de estar só; de viver momentos comigo mesma, em que as decisões de quando, como e aonde ir dependessem só de mim.

A primeira experiência veio cedo, por volta dos 14 ou 15 anos de idade, quando eu viajava para o interior ou litoral, para visitar a família, e meus pais assinavam autorizações em juizados de menores para que eu pudesse ir sozinha. Aquilo tinha um sabor incrível.

Meu sonho era ser livre: poder viajar sozinha e voar – literalmente!

O parapente me proporciona conhecer lugares incríveis no Brasil e no mundo há 27 anos

Mas foi quando comecei a praticar voo livre que o sonho realmente se concretizou e, mais que isso, se tornou um estilo de vida do qual eu não posso e nem quero me distanciar nunca mais.

Muito inerente a esse espírito de liberdade sempre foi a minha vontade de voar. Desde pequena, me imaginava voando, com ou sem asas; com superpoderes ou com equipamentos que pudessem me proporcionar a façanha. 

Prometi a mim mesma que quando eu crescesse, iria saltar de paraquedas, voar de asa delta, de vassoura, ser piloto de avião, de nave espacial, qualquer coisa que me colocasse passeando pelo céu. E foi quase isso o que aconteceu.

Em 1990, dois anos após o falecimento do meu pai, um amigo comentou comigo que havia começado um curso de paraquedismo. Ele mal terminou de falar e eu quase gritei: “eu também querooo!” E lá fui eu. 

Frequentei as aulas teóricas e em menos de duas semanas fui para a área de paraquedismo de Boituva, no interior de São Paulo, onde fiz meu primeiro salto e mais outros dois no fim de semana seguinte.

Gastei o salário de um mês inteiro pagando pelo lugar no avião, e dormi em um sleeping bag dentro de uma barraca montada no gramado da área de paraquedismo, para economizar o dinheiro do hotel

Choveu à noite, passei frio e fiquei tão molhada que tive que me abrigar no hangar, graças à boa vontade e compaixão ­do piloto do avião­ que se lembrou que eu estava acampando quando a chuva ficou forte. 

Ali eu aprendi que viajar sozinha não significa estar só e muito menos abandonada.

Minha vivência no paraquedismo não durou mais de duas semanas, quando eu percebi que o sonho tinha preço e não estava ao alcance do meu bolso. 

Uma das pioneiras do Parapente no Brasil – voando e viajando sozinha há 27 anos 

O melhor da minha viagem sozinha inicia aqui: quando começo a me conectar ao Parapente

Mas, em 1992, conheci o parapenteesporte que havia chegado ao Brasil pouco tempo antes, trazido por franceses, e que começou a ser praticado no Rio de Janeiro, então cartão de visitas do Voo Livre brasileiro. 

Conheci os pioneiros da modalidade no país e comecei a aprender e me dedicar àquele esporte que misturava a possibilidade de planeio das asas delta com a dirigibilidade e semelhança aerodinâmica dos paraquedas.

Me tornei uma das primeiras mulheres a voar de parapente no Brasil e meu hábito de viajar sozinha passou a acrescentar uma mochila de 20kg à minha bagagem. 

O esporte, que é praticado em regiões montanhosas, me levou a conhecer lugares incríveis no Brasil e no mundo nos últimos 27 anos, e apesar de estar sempre acompanhada de amigos que também voam, as viagens foram e são em grande parte sozinha.

De ônibus, trem, avião, barco, carro próprio ou carona, no final e quase sempre, sou eu comigo mesma para a escolha dos destinos, as rotas a serem seguidas, as decisões durante as viagens, os lugares onde dormir, que variam de suítes ultra confortáveis em hotéis de luxo a colchonetes no chão de algum lugar com paredes e teto.

O momento do voo é o auge do estar só – Plenitude

O melhor momento: lá no alto sou eu comigo mesma, o auge do estar só

Ainda que eu possa ter companhia para esses passeios, o momento do voo é a grande viagem dentro da viagem. E ali, sou eu comigo mesma, a centenas ou milhares de metros do chão.

Inflar um parapente e correr montanha abaixo até pisar no vazio é uma das maiores experiências de viagem para dentro de si mesmo. 

O silêncio é quase absoluto, interrompido somente pelo som do vento passando pela asa. A atenção absoluta em cada movimento proporciona o quase impossível silêncio da mente.

Não há espaço para passado e futuro, somente para o agora. Esquerda, direita, gira, sobe, desce, procura um lugar seguro, pousa.

O silêncio da mente é o auge do estar só. A possibilidade da viagem para dentro de nós mesmos. 

E quando temos essa experiência, seja pela prática de esportes de aventura, técnicas de meditação, exercícios ou práticas de busca interior, entendemos que a experiência do autoconhecimento é o caminho para encontrar prazer em estar só sem se sentir solitária.

Viajar é também e principalmente uma experiência de convivência com novas pessoas, culturas e costumes, e é preciso estar sempre bem e confiante com nossa própria companhia para ser mais maleável no convívio com outras pessoas que se somem a nós pelo caminho e façam cada viagem ser única e muito especial, como um grande voo.

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Guia Completo para Viajar Sozinha – por Evelyn Cheida

Guia Completo para Viajar Sozinha - Realize esse Sonho

Passo a passo para planejar sua primeira viagem sozinha

Picture of Evelyn Cheida

Evelyn Cheida

La Viajera. Jornalista fundadora do blog que mais empodera a mulher para viajar sozinha!

cerro San Cristobal Santiago Chile
Viajar Sozinha proporciona momentos incríveis: pôr do sol no Cerro San Cristóbal, de onde se vê toda a belíssima Santiago do Chile

Viajar sozinha é seu sonho? Mas como um tsunami, a pandemia chegou e como você sempre foi deixando pra depois… acabou não realizando até hoje o que mais queria. Se esse é seu caso, aqui você vai encontrar um guia completo para viajar sozinha depois desse pesadelo! Chega de perder tempo.

Mas antes é preciso acabar com algumas crenças limitantes que nos foram impostas desde que nascemos. Vou te ajudar a entender e acabar com elas…

Tirar aprendizados dessa crise sem precedentes é vital. E se essa está nos ensinando algo muito valioso é, sem dúvida, que não devemos nunca mais adiar nossos sonhos, pois nunca sabemos o que pode acontecer! 

Esse é o verdadeiro significado da expressão Carpe Diem – viva o momento. Ela sempre foi minha filosofia de vida. 

Portanto se você sempre quis fazer aquela viagem sozinha, sem depender da possibilidade e compatibilidade de agenda (e do destino escolhido) ou da boa vontade de nenhuma amiga, parente, namorado ou marido, essa pode ser a melhor hora de finalmente tomar coragem e planejar sua viagem.

Chegou sua hora de viajar sozinha! Os preços estão baixos e mais do que nunca sentimos um senso de urgência em viver tudo que não vivemos até agora. 

O fim nunca esteve tão próximo e tão real. Como diz a música de Lulu Santos: “vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir!”. 

Se você quer viajar sozinha, mas com a segurança da consultoria de uma agência especializada, fale comigo aqui! 

As mulheres são sempre incentivadas a desistir do sonho de Viajar Sozinha – Supere esse crenças limitantes!

viajar sozinha
No rooftop do hotel mais antigo de SCL. Você vai sozinha, mas só fica sozinha se quiser! Crédito para um dos muitos amigos que fiz em minhas viagens! @Matheus Veiga

Muitas mulheres têm o sonho de viajar sozinha. Não consigo contar nos dedos quantas vezes uma mulher já me disse que queria ter a coragem de viajar como eu! 

A maioria guarda esse sonho na gaveta por medos criados por tantos comentários e julgamentos do tipo: “mas vai sozinha mesmo?”, “é perigoso!”, “mulher não pode viajar sozinha”, “quer viajar sozinha? está louca? não acredito!”, “viajar sozinha não tem graça” e tantas outras bobagens que você já ouviu e te garanto que não fazem o menor sentido

Não é nenhuma novidade que ainda vivemos em uma sociedade machista e patriarcal e viajar sozinha parece ser algo que realmente desafia muitos egos. Impressionante como o simples desejo de ver o mundo de forma independente pode incomodar e intrigar tantas pessoas.

São inúmeras as crenças limitantes impostas pela sociedade as mulheres. E saiba que, infelizmente, muitos (e muitas) dos que querem te impedir, na verdade morrem de inveja de sua coragem e estão loucos para estar em seu lugar.

Eu mesma já escutei de tudo. A diferença é que nunca deixei nada disso me parar. E pode ter certeza de que não sou a única, tem um monte de mulher por aí curtindo esse mundão lindo de Deus e se divertindo pra valer! A cada viagem faço novas amizades e sempre conheço mulheres incríveis, de todas as idades e esferas da vida viajando sozinhas como eu! 

E você? Vai se juntar a essa legião de mulheres que sabem o que querem e realizam seus sonhos ou ficar aí com essa frustração para sempre? 

Agora você vai aprender que a viagem começa bem antes de arrumar as malas, e que isso é uma delícia – e crucial para que sua viagem como mulher sozinha seja bem-sucedida!

Guia Completo para Viajar sozinha: tudo começa pela pesquisa

Guia completo para começar a colecionar os seus carimbos #laviajera

Estamos passando pela fase mais difícil vivida por nossa geração e no momento mal podemos sair de casa, que dirá viajar. Mas na nossa mente e na internet dá pra viajar muito! 

A sua viagem começa assim que você toma a decisão de viajar sozinha. E acredite, uma das melhores partes da viagem é planejar. Você já sabe para onde quer ir? Esse é o primeiro passo. Se não souber, tudo bem! Tudo começa pela pesquisa. 

Vamos supor que na primeira viagem no mundão você quer começar pequeno. Um lugar próximo, com uma língua fácil e que o câmbio esteja facilitado no momento – um ótimo destino para sua viagem sozinha seria a América Latina.

Digamos então que você escolha conhecer a belíssima Santiago do Chile. Lá você não vai gastar dólares nem euros, conseguirá se comunicar mesmo sem dominar o Espanhol e enfrentará um voo de 4 horas em média, saindo de São Paulo.

Definido o destino, a sua jornada está apenas começando! E o melhor de viajar sozinha é: você terá total liberdade para decidir absolutamente tudo da sua viagem!

Guia completo para viajar sozinha: como tomar coragem, por onde começar e como planejar passo a passo

 
O segredo para viajar sozinha é uma boa pesquisa

Existem um milhão de motivos pelos quais eu amo viajar sozinha, mas se eu tiver que escolher o número 1, é, sem dúvida, a total liberdade de escolha

Você é a chefe, você vai decidir o que fazer, quando fazer, que horas e até mesmo desistir de algum programa na hora se te der na telha. 

Tudo pode acontecer, está tudo em suas mãos! É uma situação tão libertadora que garanto que você não vai querer outra vida!

Então vamos ao que você deve pesquisar para ir criando seu roteiro de viagem independente e se sentir segura para isso:

Destino

Aquele lugar dos seus sonhos nem sempre é o mais recomendável para ser de cara o seu primeiro destino para viajar sozinha. 

Aqui existem inúmeros fatores a serem considerados, incluindo o fato de ser sua primeira “aventura”, e por isso pode ser que você queira começar pequeno se ainda se sentir insegura. 

Você pode escolher um lugar bem perto, uma cidade vizinha, vale tudo que te faça tomar a coragem de dar o primeiro passo.

Tudo deve ser levado em conta. O quanto você tem disponível para gastar, tempo para ficar, em qual época do ano você vai poder viajar, etc. 

Vamos pensar em meu exemplo anterior, o Chile

A capital é incrível, cheia de programas culturais, bons restaurantes e baladas. Mas é bem fria. Se for no inverno, pode aproveitar para esquiar e fazer snowboard nas montanhas chilenas, mas também vai passar bastante frio nos rolês em Santiago, é preciso ir preparada (o que inclui uma mala pesada – vamos ver esse tópico mais a frente).  

O outono e inverno são as piores épocas para visitar as vinícolas. As praias são lindas, mas mesmo no verão pode esquecer entrar na água congelante do Oceano Pacífico! 

Como já deu para ver, a pesquisa é tudo! Sua jornada tem início aí. Por ela você começa a conhecer o lugar muito bem, vendo fotos, vídeos, depoimentos, recomendações, mapas, praticamente você dá uma volta no lugar antes de chegar! Hoje a tecnologia nos permite muita coisa. 

Pode te fazer até mesmo mudar de rota, ou se você for como eu, ir adicionando cada vez mais destinos na sua lista.

Data

Como já adiantei, é fundamental que a data da sua viagem seja a ideal para o destino escolhido. Outro dia estava conversando com um amigo que pretende se mudar para a Indonésia, mas nunca nem tinha ouvido falar nas Monções, fenômeno que provoca intensos ventos e chuvas durante vários meses do ano! 

Francamente, fiquei abismada como as pessoas podem viajar assim para tão longe – e até pensar em uma mudança! – sem pesquisar muito bem antes. Espero que você entenda a importância de uma boa pesquisa para o sucesso da sua viagem

Afinal o intuito de viajar sozinha é viver experiências únicas, momentos maravilhosos e colecionar memórias incríveis, e não passar perrengue! E quanto mais bem informada e preparada você estiver, melhor vai ser.

Segurança

Infelizmente nós mulheres somos sim, mais suscetíveis à violência e, assim como voltar para casa sozinha é perigoso em nossa própria cidade em qualquer lugar do Brasil, devemos nos cuidar muito bem da mesma forma quando estamos viajando.

A verdade é que nunca estamos 100% seguras em nenhum lugar do mundo e ninguém pode te prometer isso. Mas ao escolher o local é bom ter em mente que seja um lugar “amigável” com mulheres independentes, então verifique a cultura local e os índices de violência do lugar. 

Mas posso afirmar que por todos os países que viajei, nunca me senti ameaçada ou em situação de perigo. Me senti bem mais segura nestas viagens do que no cotidiano do Brasil! 

É questão de fazer uma boa pesquisa antes de viajar, se proteger e estar sempre atenta, nenhuma novidade na vida de uma mulher! Temos que fazer a nossa parte e torcer pelo melhor sempre, em qualquer lugar do mundo. 

Falando em fazer sua parte, um seguro de viagem é indispensável, além de obrigatório em muitos lugares (sem ele, não entra!). Para evitar qualquer problema com saúde, gastos com imprevistos, extravio de bagagem, entre muitos outros perrengues, contratar um seguro viagem é fundamental e parte do autocuidado que devemos ter. 

Eu já me machuquei em outro país (veja o perrengue que passei aqui)e, por teimosia, não havia feito seguro. Adivinha? O hospital saiu bem mais caro do que a apólice teria custado!

Você que é leitora do Blog La Viajera ganha desconto para viajar tranquila e não passar pelo que passei neste link com a Seguros Promo usando o cupom: LAVIAJERA5

 

Roteiro

A viagem começa no planejamento: já vamos descobrindo o lugar e imaginando tudo de incrível que pode acontecer!

Na sua pesquisa de destino, você já viu e aprendeu muito sobre o lugar escolhido. Os melhores programas, aqueles que combinam com seus gostos, seu momento de vida e sua personalidade – lembre-se, dessa vez você não precisa da validação de ninguém! Para nada!

Não precisa que ninguém concorde em fazer aquilo que você mais quer! Não precisa ir a museus se você acha isso um saco! Nem programas de aventura se você morre de medo! Nem ir à vinícolas se o que você gosta mesmo é de beber cerveja e prefere esse tipo de degustação – ou quer é mesmo sentar em um boteco! Ou o contrário de tudo isso!

Muito menos seguir a programação limitada e controlada de uma excursão que para menos de 20 minutos em cada lugar e fica ameaçando te abandonar se você se atrasar 2 minutos! Você é a dona do rolê, you’re the boss! 

Mas até que alguns tipos de tour pela cidade no primeiro dia pode ser algo bem legal para te dar uma noção geral da cidade quando começamos a viagem! Vou dar mais dicas para o primeiro dia da viagem em outro post.

Ao viajar sozinha, você pode ir pra balada curtir a vida e se estiver solteira, já sabe, tudo pode acontecer! No dia seguinte pode acordar a hora que quiser e simplesmente andar pela cidade! O roteiro é seu.

Monte o seu com a sua cara, com as coisas que você quer ver e fazer de acordo com o que você descobriu na sua pesquisa. E se lá na hora você mudar de ideia sobre algo e quiser fazer outra coisa que parece ser mais divertida, adivinha? Você é livre, mulher!!

Passagens

O melhor jeito de viajar é com milhas, então vale tudo para juntar. Procure usar um cartão de crédito com um bom programa de milhas. Se você não sober os hack, demora para juntar e as companhias aéreas não facilitam essa troca, colocando o valor dos pontos para isso lá em cima. Mesmo assim vale muito a pena, eu só viajo com milhas! Ensino tudo sobre isso na minha série no Instagram Viajar Mais por Menos

Para quem ainda não tem milhas, na maioria das vezes é mais vantajoso comprar em sites agregadores, aqueles que já fazem a pesquisa para você em várias companhias. O melhor é que por eles você consegue ver as melhores opções de datas, de um dia para outro a diferença pode ser imensa!  

Onde ficar

Essa é uma questão crucial na sua viagem, mas que depende muito do seu estilo, propósito e orçamento disponível. A primeira coisa a considerar é a mobilidade, além, claro, da segurança. Na sua pesquisa você já deve ter noção de qual lugar será mais favorável para ficar. 

No centro? Perto da praia? Próximo da maior parte das atrações culturais? No bairro boêmio, no burburinho dos bares e baladas? Nesse caso é importante pesquisar se esse bairro também é um bom local durante o dia! 

Quanto mais perto de onde quiser passar mais tempo, menos vai gastar com uber, táxi ou ônibus. Lembre-se que caminhar também é sempre uma ótima opção e você vai andar muito nas viagens!

Outra coisa importantíssima a se levar em conta é o tipo de hospedagem. Que tipo de viajante você é? 

Daquelas que só topa hotel de luxo? Ou algum conforto já basta? Básica, sem frescura? Da galera, adora um hostel? Encara um quarto compartilhado?

Se você quer conhecer gente, não existe nada melhor que um hostel. Lá você vai encontrar pessoas com a sua cabeça: gente que gosta de viajar sozinha! Ou sozinho! 

E o melhor de tudo: gente de toda parte do mundo, o que é mais incrível! É um encontro de culturas maravilhoso. Pode ser bem bacana ou bem perrengue, depende muito da experiência. Eu já passei pelas duas.

Existem vários tipos de hostels e de quartos, de 4 até 20 camas!! Quartos só com mulheres e quartos mistos. Eles também oferecem quartos individuais, porém às vezes sai mais caro que um hotel, é importante pesquisar. 

Mas talvez valha a pena pegar um individual e sentir a experiência se a ideia de compartilhar te assustar a princípio!

O que levar

Pior parte de planejar a viagem: fazer a mala!

Ah, aqui tenho que confessar, que mesmo depois de tantas viagens, sendo algumas bem longas, esse ainda é meu maior problema. Como a maioria das mulheres, sofro para arrumar a mala e sempre acabo levando muito mais do que preciso!!

E ainda por cima, a mala sempre volta mais pesada, afinal fazer umas comprinhas é inevitável, não é mesmo? Se você for para o exemplo do artigo, acha que vai ao Chile – ou Uruguai ou Argentina! – e não vai trazer umas garrafas de vinho? Impossível! Isso pesa e ocupa espaço!

Então a dica aqui é: menos é mais! Como uma mulher sozinha viajando, o ideal é que tenhamos o mínimo de bagagem possível para que nunca precisemos da ajuda de ninguém, nem que passemos nenhum perrengue arrastando nossas malas pesadas!!

Quanto menos vulneráveis tivermos, melhor! 

O ideal mesmo é ser mochileira!! Ou então, levar uma mala pequena com rodinhas (se o solo do seu destino for adequado para isso – não adianta levar rodinhas para o deserto! Ou para acampar!) e uma outra mochila. E basta.

Leve o necessário, o básico de acordo com o clima que vai enfrentar, mais algumas peças básicas extras, tênis confortável para longas caminhadas e tudo ficará bem. 

O que você vai trazer de maior valor não pesa e não pode ser perdido: recordações inesquecíveis na sua cabeça e no seu coração!

Dica: Eu uso o app Packr e adoro. Você coloca os dados da sua viagem e baseado no tempo de duração e no clima do lugar, ele monta um checklist do que você deve levar na mala. Pagando apenas uma vez R$4,90 você pode inserir itens de sua escolha ao checklist.

Mas para quando devo marcar minha viagem sozinha?

2020: fechado para balanço! Hora de se reiventar, planejar e realizar seu sonho de viajar sozinha ano que vem!

A pandemia já dura muito mais tempo do que poderíamos imaginar e a quarentena só se estende diante de tantos casos. A situação continua triste e preocupante. Então, para quando devo me programar diante de um cenário tão incerto?

Ninguém pode te dar essa resposta exata, mas o mais sensato é aproveitar os preços baixos oferecidos pelas companhias aéreas e marcar sua sonhada viagem para o ano que vem. 

Até lá a probabilidade das coisas terem voltado ao normal é muito maior. Mas lembre-se de garantir passagens reembolsáveis, que estão sendo oferecidas pela maioria das aéreas nesse momento.

Dúvidas? Me diz como posso te ajudar! Quer sugerir um tema para um artigo? Ou já decidiu seu destino? Conta aqui nos comentários!

E lembre-se: se você quer viajar sozinha, mas com a segurança da consultoria de uma agência especializada, fale comigo aqui! 

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