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O que fazer em San Andrés – Guia Completo do Caribe de 7 Cores – por Evelyn Cheida

Guia Completo: o que fazer em San Andrés, o mar de sete cores do Caribe

A ilha é cheia de particularidades. Tire todas as suas dúvidas e pegue dicas de viagem valiosas no artigo mais completo sobre o Caribe Colombiano!

Picture of La Viajera: Evelyn Cheida

La Viajera: Evelyn Cheida

Jornalista fundadora do blog que mais empodera a mulher para viajar. Apaixonada por viagens e pela natureza!

san andres
A ilha caribenha de San Andrés e uma das suas famosas 7 cores

Uma ilha no Caribe que pertence à Colômbia, mas fica ao lado da Nicarágua e tem a vibe Reggae da Jamaica! Saiba o que fazer em San Andrés e todas as curiosidades culturais desse lugar tão único nesse guia completo de viagem! 

A língua deles é o Crioulo, apesar do Espanhol ser o idioma oficial, rapidinho você vai perceber que eles só usam para falar com os turistas! Isso é um pouco desconfortável às vezes, mas é assim que é!

Não existe voo direto do Brasil para a ilha, então você vai ter que passar em alguma cidade da Colômbia antes de chegar em San Andrés, por isso acho bom avisar: não espere encontrar a amável simpatia colombiana (estou devendo muitos artigos sobre meu mochilão sozinha de 3 meses que fiz pela Colômbia, mas mostrei tudo no instagram @EvelynLaViajera).

Eles tem um jeito meio marrento, pero tranquila! A gente sempre encontra os “sangue Bom”, se estiver disposta! Como eu queria ter lido um artigo assim sincerão antes de chegar na ilha, viu?! 🤝 Confira todas as opções de passeio aqui, te garanto que é melhor do que chegar lá e negociar com os locais!

Se você prefere viajar com todo o suporte de uma agência de viagens, fale comigo na @agencialaviajera! Todo meu conhecimento e experiência a serviço dos seus sonhos!

Imigração, taxa de entrada, precisa de passaporte para entrar em San Andres?

As sete cores diferentes do mar de San Andrés são explicadas por suas diferentes profundidades, algas e sedimentos. Eu amei esse passeio de veleiro que você vai encontrar abaixo nas dicas do que fazer em San Andres para poder curtir de pertinho cada cor vibrante da ilha!

📄Checkmig é o nome do app ou site onde você tem que preencher seus dados antes de passar pela imigração Colombiana! Portanto recomendo que você entre nesse site antes de embarcar no Brasil, porque não sei se vai estar com internet quando chegar no aeroporto de lá! O de Bogotá tem internet gratuita, mas se quiser evitar dor de cabeça e levar chip internacional, já garanta o seu aqui, caso seu plano de celular não inclua dados internacionais.

O mesmo vale para sair do país! Não esqueça de entrar no site novamente antes do embarque, pois vai passar pela imigração novamente!

Precisa de Passaporte? Brasileiro não precisa de passaporte para entrar na Colômbia. Porém, é sempre melhor, já que é um documento universal.Mas se você não tiver passaporte, atenção: a carteira de identidade com foto precisa estar em perfeito estado e com emissão em menos de 10 anos.

🎫 Taxa de entrada da ilha: 124 mil pesos colombianos (R$ 162 no câmbio atual). Pode pagar no cartão de crédito – ufa, porque muita coisa na Colômbia não pode!). Você vai ser cobrada no aeroporto de embarque da Colômbia, pela cia aérea. ❌Cuidado! Não perca o bilhete, porque você vai ter que apresentar para a imigração na saída da ilha!

Onde se hospedar em San Andres - e onde não!

loja em san andres
Una casita isleña - construída no típico estilo arquitetônico da ilha em Cocoplum Beach

🏨 Se quiser ficar perto das melhores praias, a região de San Luís é a melhor opção. Aí é mais roots e mais sossegado, apesar de ter opções mais luxuosas como o hotel Decameron, a rede mais badalada da Colômbia.

Ou pode ficar no centro (que curiosamente não fica no centro da ilha 😹 🤷🏼‍♀️) onde se concentram todas as lojas “Duty Free” (explico mais abaixo), restaurantes e onde rolam as baladas, incluindo as que o povo faz no calçadão, e que eu curti bastante 💃 apesar da polícia tentar acabar com nossa festa todas as noites (quem perdeu os stories pode ver tudo nos Destaques de San Andrés que estão no instagram). 

Não costumo fazer isso, mas tive uma experiência tão ruim que tenho que aconselhar que não recomendo que ninguém se hospede no hostel Viajero de San Andrés. Eu adoro os outros hosteis da rede, mas esse definitivamente não merece fazer parte dela. Eu não fui a única, todos os que conheci no hostel também odiaram a experiência, desde as instalações até o péssimo serviço, tudo tão diferente dos outros da marca!

O que fazer em San Andres - As melhores praias da ilha

Praia Bengue - na real as praias não tem nome, são todas "as de San Luis". São chamadas pelo nome de um bar ou restaurante que tem no local! Amei essa toda Reggae Roots, vibe predominante da ilha!

🏝 As melhores praias de San Andres, como já mencionado, ficam ao sul da ilha, em San Luis. Engraçado é que muitas não tem nome, são simplesmente chamadas assim, “as de San Luís”. Muitas são definidas pelo nome de um bar ou restaurante que tem nela! 😹🤷🏼‍♀️.  

Eu amei a Bengue e a Charquitos, mas elas tem muitas pedras, como a maioria, e formam uma piscina com o recife de coral, então você não passa do raso. Mas existem outras com mais areia em que você pode chegar ao fundo, como a Francesca e a do bar Kella, com direito a muito reggae! 

Também tem a Cocoplum Bay, de frente para a ilhota rochosa Rocky Cay, que é bem legal também. Na real pra mim o que definiu se as praias estavam bonitas ou legais era o vento! Dei sorte de não pegar chuva. Depois vamos ver o clima e as melhores datas!

Recomendo demais que ao chegar em Rocky Cay você procure pelo Victor (diga que foi a Evelyn do Brasil que indicou!) ele te leva de barco até a ilhota de rochas e depois te leva pela mão de snorkel pelos incríveis corais ao redor da ilha, até o navio Onassis encalhado!

Dica imprescindível: A primeira coisa que você precisa ter em San Andrés é uma sapatilha aquática, não subestime essa recomendação! Faça todos os passeios e vá a todas as praias com ele! As rochas vulcânicas e os corais da ilha cortam como navalha e você não quer passar por isso! Eu já me machuquei feio nos corais na minha primeira viagem a Colombia e contei esse perrengue aqui.

A praia do “centro” também é bem bonita, a playa Spratt Bight, porém costuma estar mais cheia e se estiver ventando muito, fica brava (esse é um problema de toda ilha que vou abordar em clima).

O que fazer em San Andres - onde ver o Pôr do Sol

Quem procura acha! Ver o pôr do sol no melhor lugar da ilha é uma das melhores coisas que você pode fazer em San Andres. West View também tem o mar mais calmo. Mas não tem praia!

🌅 West View é o lugar privilegiado da ilha onde o sol se põe no mar, mas não há praia, apenas encosta. O Ecoparque West View é o lugar que eu mostrei em um Reels onde tem tobogãs e trampolins pra se divertir! A entrada custa 7000 pesos.

Porém só é ideal para quem não tem medo de altura e sabe nadar (mas dá para alugar colete salva-vidas). Para subir de volta do penhasco, as escadas são bem verticais. O mar ali é calmo e super claro, ideal pra fazer snorkel 🤿 e ver muitos peixes coloridos! 

Esse lugar é o mais lotado e tem um péssimo serviço (o grau máximo de marra da ilha está nesse lugar, sério!), e fecha mais cedo! Ou seja, na real você pode aproveitar o dia inteiro aí como eu fiz, que passei o dia pulando e mergulhando, mas não vai ver o astro-rei cair no mar, por que às 17h eles te mandam embora… mas eu descobri o melhor!

🎁Dica de ouro: existe um lugar do lado que é bem mais low profile, menor, que não tem tobogã, mas também tem um trampolim, cadeiras e espreguiçadeiras para apreciar o sunset e só fecha à noite, com direito a muito Reggae rolando também (na real isso é na ilha inteira!) É o La Piscinita, lá é que vc vai ver o perfect sunset! 

Mas cuidado, alerta Perrengue de Viagem! Eu fui em um domingo e me disseram que tinha ônibus até às 20h, só que não! Nesse dia eles param antes das 18h! Adivinha, fiquei plena com meu novo amigo que conheci no dia até 19h30 bebendo cerveja, vendo o sol cair e curtindo o Reggae, quando descobrimos que não havia mais transporte público e os dois sem um peso para um táxi! 

Detalhe: esse é o ponto mais deserto da ilha, ainda mais em um domingo à noite! Enfim, pedi carona até que uma boa alma nos levou ao centro! É o que eu sempre digo, Deus sempre manda anjos aos viajantes solo! 

Como é a infraestrutura - tem água potável na ilha? E o transporte?

west view em san andres
O que fazer em San Andres - West View é o lugar perfeito pra quem gosta de altura e sabe nadar. Tem trampolim e tobogã pra se jogar do alto no mar azul do Caribe. Diversão garantida!

Se você segue o estilo viagem de luxo, vou logo falar a real e dizer que acho que San Andres não é pra você! A ilha é roots, não tem muita infra-estrutura não. Claro que você pode se hospedar no Decameron, mas ouvi dizer que nem lá o serviço é essas coisas!

A água potável na ilha é muito escassa. San Andrés é uma ilha oceânica, isolada do continente e com pouquíssimas reservas hídricas. A demanda de água dos cerca de 60 mil habitantes, fora os milhares de turistas constantes, geram uma forte demanda de água potável.

Apesar do governo colombiano dizer que investe muito na dessalinização da água do mar, a verdade é que nem de longe dá conta do recado.

Então o que se vê são vários caminhões pipa e com galões de água transportando água potável pela ilha. No hostel que me hospedei, dava pra sentir no banho que a água não era 100% dessalinizada e o cabelo sentia! 

Conheci colombianas que hoje moram em San Andres, que comentaram o quanto o cabelo sofre na ilha por causa da qualidade da água!

Por isso, pense duas vezes antes de ficar em um airbnb, por exemplo. Questione o anfitrião antes da reserva sobre a água do chuveiro! Uma amiga minha de Bogotá me disse que ficou em uma casa que não tinha água potável, que tinha que comprar bolsas de água para tomar banho! Complicado, né?

E o transporte? O melhor jeito de se locomover por lá é o mototáxi, rápido e barato! Mais barato ainda é o busão, mas demora pra passar. Mas quando puder e quiser esperar, pode conhecer a ilha toda com ele! Eu usei e abusei muito dos dois! Táxi é bem caro, só usei na chegada e na volta ao aeroporto! 

Alugar carro de golf ou moto pra conhecer a ilha é a febre de San Andrés. Se você tiver carta, a moto ainda vale a pena sozinha. Já o carro sai muito caro, só vale a pena se você fizer amizade para dividir com mais 3 pessoas. Mas aí é aquilo, vai depender do que todo mundo quiser fazer.

Você pode reservar o carro ou moto antecipadamente por aqui. O cancelamento é gratuito!

O que fazer em San Andrés - os melhores Passeios e os que não valem a pena

hoyo soplador san andres
O Hoyo Soplador é um fenômeno da natureza que vale a pena conhecer. Mas não o desafie, vá apenas de biquíni se não quiser sair totalmente encharcada!

Parasailing

Mostrei tudo nesse post aqui e realmente, apesar de ser uma rápida experiência, foi incrível! O passeio dura 2 horas de barco no total e o voo que chega a 100 metros de altura apenas 15 minutos, mas vale cada segundo, na minha opinião. Eu amo altura e todo tipo de atividade que a envolva e ainda tive a benção de ver raias mantas. No post no instagram tem o vídeo que mostra minha emoção!

A galera toda que foi no barco era muito legal, o que fez do passeio ainda melhor! Isso acaba influenciando, né? Todo mundo ficou amigo, mó vibe!

Os 3 viajantes solos foram colocados para voar juntos, porque geralmente só vão duas pessoas no voo! Nos divertimos à beça, uma brasileira, um holandês e um colombiano. No barco só rolava música boa e vendia cerveja, foi um rolê super agradável! 

Custa 190 mil pesos (todas as agências cobram o mesmo) mas você pode chorar por um desconto – comportamento padrão na Colômbia!

Os meninos do barco alugam a Go Pro por 50 mil pesos e mandam as fotos e vídeos depois. Foi legal porque dividimos o custo por nós 3, foi super favorável! 

Dica : amarre bem a parte de baixo do biquíni 👙 porque na hora que o capitão joga a gente na água, a sensação é que vamos ficar sem, como você também consegue ver em um dos vídeos do instagram!! 😹🙀

🕳Hoyo Soplador

Um fenômeno da natureza! A tradução é literalmente buraco soprador. As ondas vêm e entram por uma fenda nas rochas até subir por um buraco, que literalmente sopra vento e água com muita força! 

Conselho 1: fique ali só de biquíni se quiser viver a experiência, pois tive que deixar a canga que eu estava usando estendida no sol um tempão para não sair de lá 100% encharcada! Ou seja, se quiser foto, peça para alguém tirar, nada de selfie! Além da água, a força do vento é tão grande que você pode até derrubar o celular no buraco!

Conselho 2: vão querer te forçar a comprar o drink típico da ilha, o Coco Loco (que eu odiei! É uma mistura muito doida de várias bebidas com muito xarope!). Não se sinta obrigada! Se não quiser beber esse ou outro drink que eles dão como “opção”, peça o que quiser ou dê uma gorjeta, foi isso que eu fiz.

Volta na ilha de Chiva

Quem me acompanha no instagram me viu em diversas Chivas no meu mochilão – algo muito típico da Colômbia – e que eu amo! Mas o que é isso, Evelyn? Chiva é um caminhão aberto adaptado para o turismo, com bancos para sentar, nada discretos, super coloridos, com luzes e muita música. 

Chiva Rumbera faz passeios à noite pelas cidades com muita música e bebida alcóolica. Pura diversão! Mas em San Andrés, ela é apenas colorida e faz um passeio de dia em uma volta pela ilha. Eu fiz amizade com uma família e um casal maravilhosos nela, passamos o resto da viagem juntos a partir daí! 

E ainda por cima em um certo momento escuto um pessoal me chamando lá do fundo!!! Evelyn!!! Era um casal que eu havia conhecido em Cali! A Colombia já estava pequena para mim rsrs

Eu faço questão de contar essas coisas aqui para você saber que viajar sozinha nunca, jamais, significa ficar sozinha!

A Chiva passa por lugares que vale a pena entrar e outros que não vale! Ela custa 50.000 pesos e não inclui a entrada dos lugares.

Por exemplo, em West View, você já sabe onde entrar (tivemos que brigar com a guia porque ela queria obrigar a gente entrar no que eu já sabia que era furada e avisei todos os meus novos amigos! Causei rebelião! Haha!). O ruim de tours assim, você já sabe: tempo contado para cada lugar, o que eu odeio! Ainda bem que eu já tinha passado um dia inteirinho naquele lugar, o que mais me valeu foram as amizades sem preço que eu fiz!

Reserve seu passeio de Chiva antecipado aqui com cancelamento grátis.

Casa Museu Isleña – um pouco da história de San Andrés

É o único lugar para aprender um pouco mais da história da ilha. Eu considero isso importante, então pra mim valeu a pena! A entrada custa apenas 10.000 COP

O rolê é bem rápido, mas é interessante ver como San Andrés foi uma colônia inglesa no século XVII que formou sua população também trazendo muitos escravos, dando assim origem a língua nativa crioula, e saber que os escravos a criaram para enganar seus “senhores”.

Além de ter sido esconderijo de piratas, sendo o mais ilustre o Capitão Henry Morgan, que escondia seus tesouros em uma cova profunda na ilha. Ele trouxe 48 escravas para a ilha para serem suas mulheres! Deixou mais de 150 filhos! O capitão abusador teve o fim que merecia: morreu de sífilis!  

No museu você vai ver como era a disposição de uma antiga casa (o banheiro é curioso demais), onde tudo está preservado, objetos, utensílios, toca-discos… e ter uma boa noção de como viviam os primeiros habitantes. Achei super interessante um quadro na parede com os sobrenomes ingleses das primeiras famílias que povoaram a ilha.

Não dá pra acreditar que os primeiros moradores ingleses usavam aquelas roupas quentes naquele calor infernal!

Mas o mais legal do rolê é no final, onde rola tipo uma aula de dança isleña, onde a gente se diverte! Para variar, a guia vai pedir gorjeta, mas é opcional.

Passeio Siete Colores e outros maravilhosos!

Eu fiz um passeio com agência – vale a recomendação de contratar passeios com agência ou direto no muelle – o píer onde saem todos os barcos – e não com vendedores na rua – que se chama Siete Colores que adorei. 

Saímos em um veleiro, paramos para fazer snorkel nos corais, depois fomos em um bar no meio do mar onde param vários barcos fazendo sua festa. 

Tudo isso literalmente navegando pelas 7 cores do mar de San Andres. Mas existem várias opções de passeio de barco, incluindo um barco com fundo de vidro, que te dá uma visão super legal e é super barato, veja aqui, além do mergulho, que dessa vez não quis fazer. Por questão de orçamento que já estava apertadíssimo (no fim de um mochilão de 3 meses), escolhi o Parasail, que nunca tinha feito, já que mergulho já fiz várias vezes.

Mas recomendo o mergulho em San Andres, já que tem a terceira maior barreira de corais do mundo! Reserve aqui com cancelamento grátis!

Esse passeio de veleiro ao amanhecer deve ser demais!

Esse é uma volta na ilha de lancha! Também tem esse que vai pouca gente.

Reggae Roots Bar

Esse bar não fica na praia e sim nas pedras, mas é sensacional! Ele tem um bar piscina (com água do mar), redes e várias cadeiras para apreciar o mar ao som, adivinha??? do bom Reggae, é claro! Fica perto da Cova do Morgan, o que nos leva à próxima dica! Ah, se você gosta de reggae, não perca a Festa Jamaicana no barco, com bebidas inclusasReserve aqui!

parasail em san andres
O que fazer em San Andres - Parasailing é uma delícia pra quem gosta de aventura! A experiência é rápida, porém marcante! Veja no vídeo a emoção de ver uma raia manta lá do alto no instagram @evelynlaviajera

Passeios que não valem a pena 

Cueva de Morgan 

Ela também faz parte do passeio da Chiva e é super famosa na ilha, mas várias pessoas me falaram que não valia a pena pagar os 20 mil COP para conhecer, incluindo a famíla maravilhosa que estava comigo. Já tinha visto até péssimas avaliações no trip advisor, então confiei, apesar de nunca me basear só nisso. Foi dessa maneira, que nessa parada aproveitamos para caminhar, ao invés de entrar na Cueva e assim descobrimos o bar Reggae Roots!  

Johnny Cay – se tiver vento e muita gente 

Sei que muita gente que já foi a San Andres pode se chocar com o que estou dizendo, sendo que esse é o passeio mais famoso da ilha. Johnny Cay é uma pequena ilha localizada em frente a praia central, que se conhece por um passeio de barco que inclui também o chamado Aquário – mais ilhotas que formam piscinas onde se podem ver muitos peixes. Os lugares são lindos, obviamente, como você pode ver nos links!

Mas essa foi a minha experiência. Fui em janeiro, alta temporada e época de muito vento. As praias estavam bravas e por isso muita gente se machucava ao entrar e sair do barco. Eu fui uma dessas muitas pessoas, um isleño foi me colocar no barco no colo e bateu minha coxa no suporte da boia. Fiquei dias com um mega calombo que ficou roxo! Conheci uma senhora brasileira que estava machucada também!

Fora isso, a ilha é super pequena e estava lotada e, como já disse, o mar estava super bravo! O que valeu foi ver os lagartos coloridos! O azul e o laranja eram muito lindos! Todos, né? 

Aquário também estava muito mexido e lotado demais. Enfim, se eu soubesse teria usado esse dinheiro em outra coisa. Outras pessoas disseram o mesmo.

Mas você pode ir em uma época diferente e ter uma experiência diferente! Com mares tranquilos e menos gente. Aqui só estou cumprindo meu papel de contar como foi comigo 😉

Na estrada das praias de San Luis em San Andres. Os carros de golf são o meio de transporte mais usado pelos turistas, mas não vale a pena para os viajantes solo

Quando ir a San Andres? Conheça o clima da ilha

Conversei com todos os nativos da ilha que pude sobre o assunto e todos me disseram que o mês de abril é o mês sem vento na ilha! Isso mesmo, também fiquei chocada!!! Quer dizer que só não venta durante um mês em San Andrés?? 

Eles diziam que eram 2 meses sem vento no ano, mas o mais garantido mesmo era abril! Portanto, essa só pode ser minha recomendação para você, além de ser baixa temporada, o que significa menos gente e preços mais baixos. Não pode ter cenário melhor!

Segundo os sites de clima, a época chuvosa vai de junho a novembro, época que também podem rolar furacões. O último furacão que devastou a ilha ocorreu em novembro de 2020 e atingiu ainda mais a vizinha e belíssima Providencia, menos turística e que estava nos meus planos de viagem há tempos, mas que ficou impossível por causa disso.

Fazer compras em San Andres - Você sabia que a ilha tem lojas DUTY-FREE?

praia em san andres
Em uma das praias de San Luis em San Andrés, a região mais bonita da ilha em minha opinião

A ilha de San Andrés é livre de impostos em bebidas, tênis, roupas, eletrônicos e cosméticos. Por isso no centro você vai encontrar várias lojas Duty Free, segura o cartão de crédito, rs.

A economia pode ser grande em relação a muitos produtos iguais no Brasil. Mas é bom comparar consultando na internet. Eu comprei cremes para a pele e pro cabelo muito baratos! Muita gente aproveita para comprar perfumes.

Tenha em mente que temos um limite de compras de US$ 500 por pessoa no exterior, para quem viaja de avião do Brasil para San Andrés.

Ufa! Acho que falei tudo e mais um pouco que é preciso antes de você embarcar a San Andres! Pelo menos tudo que gostaria de saber antes de ter ido!!! Mas se faltou algo que quer saber, pode perguntar nos comentários!

Confira mais opções de passeios em San Andrés aqui, todos com cancelamento grátis!

Se você prefere viajar com todo o suporte de uma agência de viagens, fale comigo na @agencialaviajera! Todo meu conhecimento e experiência a serviço dos seus sonhos!

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reggae roots bar en san andres
Um achado! Bar Reggae Roots, com bar piscina (de água do mar, claro!), redes e vários lugares deliciosos pra sentar ouvindo um Reggae, tomar uma e apreciar essa vista! PS: na foto eles iam começar a encher a piscina! O ritmo das coisas é mais lento em San Andrés 😉
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Viajar fazendo voluntariado internacional – por Cristina Duarte

viajar fazendo Voluntariado internacional

Fazer voluntariado é uma ótima maneira de baratear o mochilão: você troca horas de trabalho por hospedagem e geralmente ao menos uma refeição por dia. Fora o baita aprendizado! Esse texto começa com as dicas informativas - depois minha experiência pessoal

Picture of La Viajera da vez: Cristina Duarte

La Viajera da vez: Cristina Duarte

Jornalista que, desde fevereiro de 2018, se tornou uma mochileira sem nunca ter dormido antes em uma barraca. Viaja sozinha e prefere assim, pois a liberdade para ela é o mais importante. “Nada nesse mundo paga a sensação de estar e ser livre.”

No Equador, em Baños de Agua Santa: passeio de 20 km, onde há várias cachoeiras no caminho

Quando decidi colocar a mochila nas costas e cair na estrada, sem data para voltar, a primeira coisa que pensei foi: da onde vou tirar dinheiro para viver viajando? Joguei no Google “como viajar com pouca grana” e encontrei diversas respostas. Uma delas foi trabalhar como voluntário.

 Nesse caso, a palavra voluntariado tem um sentido diferente ao que estamos acostumados no Brasil. A maioria dos “trabalhos” são oferecidos por hostels, mas você também encontra vagas em fazendas orgânicas, bioconstrução, agências de viagens, restaurantes, escolas de idiomas ou até como baby sitter.

O que é viajar como voluntária

Trabalhando como barwoman em um hostel mega animado em Lima, Peru: me diverti muuuito nesse voluntariado!

O voluntariado é muito simples, você troca algumas horas de trabalho por hospedagem e alimentação. Normalmente são de quatro a cinco horas por dia, com um ou dois dias de descanso na semana. 

Ou seja, você trabalha meio turno e no tempo livre pode passear, conhecer o local ou as cidades próximas, descansar, dormir. As atividades e os horários dependem de cada lugar. 

O tipo de hospedagem e a quantidade de refeições também variam, alguns oferecem quarto compartilhado com os hóspedes, outros disponibilizam quartos somente para os voluntários. 

Quanto as refeições, normalmente é oferecido apenas o café da manhã, mas é possível encontrar voluntariado com as três refeições incluídas (isso é ouro puro).

Vale lembrar que, fora do horário de trabalho, no caso de estar voluntariando em um hostel, você é um hóspede como qualquer outro, podendo usar todas as dependências e benefícios do lugar.



Onde buscar voluntariado internacional

Na Amazônia Peruana, em 4 horas de navegação até chegar ao hostel na selva onde voluntariei no serviço de café da manhã

Existem algumas plataformas pagas que conectam o viajante com anfitriões/hosts do mundo inteiro. Você pode olhar as vagas e fazer o seu perfil gratuitamente, mas somente depois do pagamento é possível entrar em contato e combinar o voluntariado. 

A taxa é anual e durante um ano você pode contatar quantos hosts quiser. Duas das maiores plataformas, Workaway e Worldpackers, funcionam como uma rede social. 

Todos os anfitriões possuem um perfil e ali você encontra as informações sobre as vagas e as avaliações de outros voluntários. Você também terá um perfil com as suas informações e recomendações.

No Facebook existem diversos grupos de voluntariados divididos por países. A procura e oferta é livre, porém não existe um filtro de indicações boas ou ruins. 

Outra forma de conseguir um voluntariado é através do boca a boca, mas isso funciona durante a viagem, depois de ter conhecido e feito amizade com outros voluntários.

Minha experiência na estrada

Um lindo pôr do sol entre Montañita e Olón, no Equador

Fiz voluntariado no UruguaiPeru e Equador. No total foram 17 experiências, algumas ótimas, outras nem tanto. Aprendi muito sobre o funcionamento de um hostel, trabalhei na limpeza, preparando o café da manhã e na recepção. 

A parte da recepção, em alguns locais, é a mais “complicada”. Precisava lidar com softwares de reservas de hospedagem, caixa, recepcionar os hóspedes, passar todas as informações sobre o local e a cidade, receber pagamentos e estar sempre atenta para no final do turno não faltar nada no caixa ou a diferença sairia do meu bolso.

A melhor posição de voluntariado dentro de um hostel é preparando o café da manhã. Vocês já imaginam o por quê né? Todos os voluntariados que fiz no Uruguai, o café da manhã era buffet, mas no Peru e Equador não. 

Normalmente já era uma quantia estabelecida, então a pessoa que preparava tinha “liberdade” para comer muito mais. E para quem é mochileira, isso faz uma grande diferença.

Também fiz voluntariados em hostel party como barwoman, o mais divertido de todos os trabalhos. Adoro balada e nesses lugares todos os voluntários/atendentes precisam ser alegres, conversar com os hóspedes, dançar quando quiser, beber (em alguns casos tomar aquele porre tava no script). 

Aliás, ser barwoman foi uma experiência incrível, exercida outras vezes em um restobar e no bar da piscina de um hostel (com diversas pausas para me refrescar na piscina).

Não existe fórmula mágica. Para voluntariar, antes de mais nada, é preciso se desprender de algumas culturas enraizadas. Você vai conhecer pessoas do mundo inteiro, com pensamentos, culturas e comportamentos diferentes. 

Esqueça a maneira certa ou errada, existe apenas a sua escolha de como realizar as coisas. Será necessário disposição para pedir, compartilhar e oferecer ajuda. Além disso, os horários para trabalhar ou dormir não serão mais os mesmos e isso vai transformar a sua vida.

Dicas para ter sucesso no voluntariado internacional

Voluntariado em hostel em Máncora, litoral do Peru. Festa dia e noite!!!

1 – Deixe tudo sempre claro com o anfitrião antes de partir para o voluntariado. Documente por e-mail, whatsapp ou através das conversas pela plataforma as atividades, os horários e os benefícios  do voluntariado 

2 – Faça o pagamento anual da plataforma um pouco antes de sair para viajar e envie diversas solicitações de voluntariado para anfitriões da mesma cidade. Alguns demoram para responder e outros nem respondem 

3 – As plataformas funcionam como uma rede social, por isso deixe o seu perfil o mais completo possível. Quanto mais informações, mais chances de conseguir uma boa vaga

 4 – Sempre leia as recomendações de outros voluntários sobre o lugar. Atente aos comentários de brasileiros, mas não deixe de ler o que os voluntários de outros países dizem sobre o anfitrião 

Minha experiência pessoal - O início de uma jornada muito doida

Pedindo carona em Montañita, no Equador

Não vou mentir, jamais na minha vida, nunca em meus sonhos mais malucos imaginei virar uma mochileira. Era o tipo de pessoa que tinha muita roupa, muitooosss pares de sapatos e bolsas, andava sempre maquiada, capitalista, consumista

Virava os olhos quando alguém me falava em acampar, dormir em barraca nem pensar. Em 2010, depois de perder um bom emprego e ficar um tempo sem trabalho, comecei um lento processo de transformação

Morava em Porto Alegre, quando em 2014 decidi da noite para o dia que viveria na praia. Fui sem emprego ou proposta alguma pra Torres, litoral do Rio Grande do Sul. Em três meses já estava empregada. 

Deixei de usar as tantas roupas que tinha, meu sapato diário era um par de Havaianas usado para trabalhar, ir a restaurantes, baladas, praia e não escorregar no chuveiro. Percebi que todo aquele consumismo já não fazia mais sentido, tinha ficado na pele da outra Cristina. 

A nova Cristina estava evoluindo e não precisava de tantas coisas. Mas eu ainda não estava satisfeita, trabalhava muito para pagar os boletos e não estava mais aproveitando a qualidade de vida que a praia proporcionava.

No final de 2017, aos 42 anos, veio mais um estalo do dia para a noite: quero viajar, mas viajar muito, quero conhecer lugares que nunca estive e quero fazer isso agora, não quando estiver idosa e cheia de impossibilidades. 

Mas como eu faria isso se estava lutando para pagar os boletos, que ainda eram muitos? Fui para a internet, a salvação do milênio. Ser mochileira foi a melhor resposta encontrada. 

Mais uma vez comecei um processo, agora de desapego total. Coloquei tudo a venda, não queria ficar com nada, nenhum objeto, vendi a preço de banana, mas ainda faltava muito, então comecei a doar. 

Doei tudo o que pude e isso me fez um bem danado, afinal fora da caridade não há salvação (lema do espiritismo, doutrina que sigo desde 2010). Fiquei exatamente com o que coube na mochila.

Leve pra começar uma nova vida - Mochileira

Ticlio, o cruzamento ferroviário mais alto do mundo, situado no Peru

Em fevereiro de 2018 coloquei o mochilão nas costas, mais outra mochila de ataque na frente e ainda um violão no ombro e embarquei em um ônibus rumo ao Uruguai

Já no primeiro dia na estrada percebi um erro fatal: ainda carregava muita coisa na mochila. Saí doando mais roupas, biquínis, perfume (mochileira de perfume importado não, né), maquiagens, cremes, tênis… 

Até hoje não sei como consegui carregar tudo aquilo. A única coisa vendida foi o violão, era mais um peso “morto”, pois a pessoa aqui não sabia tocar, mas a intenção era boa, aprender na estrada e ganhar dinheiro com isso (pausa para uma risada descontrolada).

Foram 4 meses no Uruguai, 8 no Peru (só saí de lá porque não podia ficar mais tempo legalmente), alguns dias na 

Bolívia e 4 meses no Equador

Conheci muitas pessoas boas, pessoas que me ajudaram, me apoiaram e se tornaram grandes amigas. Dormi sozinha na barraca no meio de uma praça de um vilarejo dos andes peruanos, na beira do Lago Titicaca, na Bolívia, na praia, na beira da estrada, também dormi acompanhada na barraca, em hostel, em hotel 5 estrelas, mas isso é outra história.

Vivi intensamente experiências inigualáveis - e sigo na estrada

Acampando no Lago Titicaca, na Bolívia

Ri muito, chorei, vivi intensamente o dia e a noite, metí o louco nas baladas, que não foram poucas, trabalhei, ganhei dinheiro, fui roubada, assediada, discuti com véio tarado no meio da rua em Cuzco, discuti com casal tarado na selva do Peru, dei mais um monte de risada, fiquei doente no Equador, vendi lanche na beira da praia.

Fui garçonete, porteira de balada, trabalhei como jornalista, quase fui barrada na fronteira, paguei mico, fui chamada de “mi reina” (adoroooo), idolatrada pelos gringos e peruanos que amam o Brasil, bebi muito a convite de todo mundo, paguei cerveja para os amigos, peguei carona, subi um vulcão.

Fiz tirolesa na selva, cheguei em uma cidade para ficar três dias e saí de lá dois meses depois, me apaixonei e me desapaixonei rapidinho (porque não sou boba, né), quase caí de um penhasco, troquei o O.B. no banheiro de um ônibus com o motorista metendo o pé em uma curva e eu chacoalhando de um lado pro outro…

Precisei dar muita explicação do porquê viajo sozinha (como todas as mulheres que já escreveram para o Blog La Viajera, né??)… ufaaaa!

E ainda tenho história para contar! Várias delas já estão no meu instagram @mundo_vasto_mundo, além de muita dica para mulheres que viajam sozinhas, como fazer mochilão, fotos e vídeos.

Mas a viagem não parou por aqui.
Estou há um ano e meio morando no Uruguai, país que adoro imensamente

Em um mês embarco em mais uma jornada, um rolê de carro do Rio Grande do Sul até o Espírito Santo, dessa vez com uma amiga. Ficarei por lá até março/abril de 2021. Para onde irei depois? Nem imagino. Alguma dica?

Se você prefere viajar ou fazer intercâmbio com todo o suporte de uma agência de viagens, fale com a Evelyn na @agencialaviajera! Todo conhecimento e experiência a serviço dos seus sonhos! 

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Intercâmbio na França, inesquecível! – por Ariane Lopes

Intercâmbio na França

Precisava me jogar no desconhecido. Me inserir totalmente em uma nova cultura, aprender uma língua. O destino me levou para Lyon - berço da culinária francesa e de toda a gentileza - e foi uma das melhores experiências da vida!

Picture of Viajera convidada: Ariane Lopes

Viajera convidada: Ariane Lopes

Nutricionista e eterna aventureira

Lyon foi muito melhor do que eu esperava. Quero repetir o intercâmbio e fazer tudo de novo

Tudo começou quando eu fui demitida do trabalho porque a empresa foi vendida. Decidi então viajar sozinha, pra um lugar que eu nunca tinha ido e não conhecia ninguém!

Fui em uma agência de intercâmbio e disse: “quero ficar em casa de família, e quero que você escolha o lugar”. E assim aconteceu, o atendente decretou meu destino: um intercâmbio na França, na cidade de Lyon.

Fiz questão de ficar em casa de família porque queria realmente viver uma nova cultura, da mesma maneira que os locais vivem e acredito que acertei muito nessa escolha.

Lá fui eu em um voo para desbravar o novo e aprender uma nova língua.

Cheguei em Paris e tinha que pegar um trem pra Lyon. Completamente desorientada, sem falar francês, nem inglês!! Hahaha

Uma menina viu que eu estava perdida e me ajudou falando espanhol, e por incrível que pareça, ela estava indo pra Lyon. 

Como ela viu que eu era uma “tapada”, ligou pro pai dela nos buscar na estação de trem em Lyon, porque eu tinha 2 malas enormes, era tarde e já não havia mais táxis disponíveis.

Eles me deixaram na porta da casa que eu ia morar, levaram minhas malas e tudo e nunca mais na minha vida eu vi eles!

Isso porque dizem que francês não é gentil e que odeia quando não falamos a língua deles! Pela minha experiência, isso está longe de ser verdade, principalmente em Lyon!

Mas vale ressaltar que na capital Paris é diferente mesmo… eles são sim mais mal humorados e grosseiros!

Supreendida pela França - tudo novo e melhor do que eu esperava

Meus "pais" franceses foram anjos na minha vida, queria levá-los comigo! Martine, Marco e seus filhos

Cheguei, conheci meus “pais” e eles eram maravilhosos! Assim como os meus pais de verdade, eles têm 6 filhos, mas nenhum morava com eles. 

Além dos meus “pais”, tinham mais 3 estudantes morando lá: duas americanas e uma carioca, de frente pro meu quarto! 

Elas eram super legais, mas não viramos muito amigas porque nossos horários não batiam e nós não estudávamos na mesma escola.

No meu primeiro dia de aula, quase morri de tanto nervoso, não sabia nem como chegar na escola! 

E pra minha surpresa, todos os meus amigos de classe eram o máximo, viramos super amigos

Era gente até de país que eu nunca tinha ouvido falar na minha vida! Vocês conhecem um país chamado Liechtenstein? Muita gente assim como eu, não conhecia!

Ah, uma curiosidade, quem nasce lá não tem passaporte, porque o país não tem hospital pra nascimento de bebês! Eles vão pra Suíça e nascem lá, depois voltam pra casa. 

Os nativos desse país são muito ligados à arte e à música. E em todas as férias escolares eles fazem intercâmbio em países diferentes. Bem interessante!

Feliz da vida na Lafayette Bridge Lyon

E voltando ao assunto gentileza, em Lyon os franceses são tão amáveis que tenho várias histórias para contar. 

Em uma delas, eu estava na fila de uma balada super famosa. Mas a lotação já estava no máximo e eu não consegui entrar. E não tinha mais táxi! Fiquei arrasada!

Um cara local ouviu nossa conversa e se ofereceu para nos levar para outra balada no carro dele. E antes que você pense que ele o fez por algum interesse, eu estava com minha amiga colombiana e mais três caras!

No fim, a balada que ele nos levou era ainda mais legal que a outra, ele conseguiu camarote pra gente e ficamos curtindo lá até de manhã! Foi demais!

Ele deixou cada um na porta de casa! Tenho ele no Facebook, mas nunca mais o vi! Vai ser gentil assim em Lyon!

Imersa de verdade na cultura da França - o verdadeiro intercâmbio

Comendo ostras às 9 horas da manhã, como fazem os franceses! Superbe!

A minha professora também era o máximo, ela nos levava pra ter aula nos pontos turísticos da cidade, explicava a história do lugar (a Europa tem muita história que nem imaginamos).

Ela nos levava para as feiras pra comer ostra às 9 horas da manhã, porque esse era o cotidiano dos franceses. 

Ela explicava pra nós sobre cada queijo e cada vinho. Nos levava para os restaurantes locais, chamados Bouchons, que são restaurantes que só existem em Lyon, que é a cidade berço da história da gastronomia.

Um dos responsáveis por isso é o reconhecido chef Paul Bocuse, premiado pelo famoso Guia Michelin (criado em uma cidade próxima de Lyon) com as icônicas estrelas para os restaurantes. 

Dá pra perceber que a comida lá é uma das melhores da Terra, né? Engordei muito durante meu intercâmbio na França, tudo é de muito boa qualidade, os vinhos são os melhores!

E já que estava lá, claro que aproveitei para fazer um curso de culinária, ministrado na própria casa da chef de cozinha! Algo muito peculiar! Como nutricionista achei incrível, pois não há lugar melhor para aprender a cozinhar do que numa cozinha normal dentro de casa, da forma que vamos executar no dia a dia.

Me diverti demais, fiz mochilão na Europa com as minhas amigas de classe. Como éramos estudantes, não tínhamos muito dinheiro. Viajamos de ônibus pra Bruxelas, 9 horas de estrada, era bem loucura!

Alugamos também espaço em carro pelo app bla bla car pra irmos pra Amsterdam, 9 horas de viagem também. 

Conheci muitos países, muitas pessoas legais na Europa, tenho contato com eles até hoje.

Depois de 6 meses de intercâmbio na França, continuei minha aventura

San Sebastián no País Basco também me conquistou! Tanto que acabei ficando mais 3 meses por lá

No final do curso e do meu intercâmbio na França, foi choro do começo ao fim da viagem! Meus “pais” franceses eram anjos que eu queria poder levar comigo!

Alguns amigos ficaram por lá, outros voltaram para seus países de origem, outros se mudaram de continente.

Eu decidi fazer outro mochilão descendo de Biarritz na França, conhecendo todas as cidades até San Sebastián (ou Donostia, na língua basca) no País Basco, no norte da Espanha. Marque aqui seu tour gratuito na encantadora San Sebastián! 

Cada cidadezinha que eu ficava encantada com a arquitetura, belezas naturais e tudo de lugares que nunca tinha ouvido falar, e olha que eu me considero uma pessoa viajada, viu?!

Uma coisa muito legal de ver na Europa é a quantidade de mulheres que viajam sozinhas, lá é a coisa mais normal e corriqueira do mundo!

Quando cheguei em San Sebastián, acabei ficando lá mais 3 meses, de tão incrível que é!! 

A cidade basca tem festival de cinema que recebe gente de todo o mundo, grandes teatros, campeonatos de surf, estação de Ski bem pertinho e claro, muita festa. Além de ser o berço dos frutos do mar na Europa! Que delícia de vida!

Hoje em dia eu moro em Orlando, na Flórida (EUA) e por coincidência, a carioca que morava comigo lá está morando em Tampa! Fui visitá-la, foi super legal. 

Outra grande amiga – acho que a mais chegada durante a minha viagem – uma colombiana de Medellín, está morando em New York, estou planejando uma visita o mais breve possível também! 

Ano passado voltei em Lyon, e reencontrei alguns amigos que ficaram por lá, casaram, tiveram filhos, foi emocionante! 

Essa foi a viagem que mudou minha vida para sempre, foi a melhor época da minha vida inteirinha, MEU SONHO É FAZER TUDO DE NOVO! 

Mesma cidade, mesma escola, simplesmente quero viver essa experiência maravilhosa de um intercâmbio na França outra vez! Estou planejando para o ano que vem.

E você, sonha em fazer intercâmbio? Para qual lugar iria?

Ao planejar sua próxima viagem, confira todas as vantagens e descontos exclusivos oferecidos pelo Blog La Viajera!

Melhor ainda é poder confiar em alguém que planeje e execute tudo pra você! Fale comigo na agência La Viajera! Também temos intercâmbio! Venha viver essa experiência memorável!

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