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Do sonho à realidade (Parte 2) – Nova York sozinha – por Camile Freitas

Do sonho à realidade - Parte 2 (Nova York)

Eu chamava as amigas pra ir comigo, mas nunca dava certo! A melhor coisa que fiz na vida foi decidir viajar sozinha pra Nova York - e não parar mais!

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Viajera convidada: Camile Freitas

Jornalista, cantora de karaokê e mãe de gato

No lindo Central Park - o frio não me impediu de fazer nada na minha sonhada NYC

Se você leu a primeira parte dessa minha história, você lembra que eu demorei para sair do meu mundinho no banco de trás da Belina do meu pai para ganhar o mundo. Não foi fácil, mas é muito gratificante!

Nessa segunda parte, vou focar na primeira viagem sozinha pra Nova York. Essa cidade que, de fato, não dorme. E, assim como eu, aposto que muitas de vocês também sonham com NYC. 

Como eu aprendi inglês assistindo Friends, Dawson’s Creek e Felicity – haha! divulguei minha idade! – eu sempre sempre quis conhecer Nova York.

Eu lembro até hoje que eu e uma amiga da escola, com sonhos parecidos, chegamos a procurar cursos e faculdades e apartamentos para alugar em Nova York uma vez. Hoje pode parecer ridículo, mas nenhum sonho é grande demais quando você tem seus 17 anos, né?

Aquele primeiro tour em Nova York que eu fiz, quando eu tinha acabado de chegar nos Estados Unidos e estava fazendo o treinamento de au pair, não valeu. Pelo menos para mim. 

Claro que eu já havia entendido que morar em NYC era um sonho mais distante e difícil do que parecia, mas eu ainda sonhava com a cidade.

A oportunidade de conhecer e realmente explorar NYC veio mais de um ano e meio depois daquele primeiro tour. 

Eu teria uma semana de férias – minha última semana de férias como au pair! – e eu sabia que talvez essa seria a minha última oportunidade de ir para NYC. Spoiler alert: graças a Deus, não foi!

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Nunca dava certo com as amigas. Tomei coragem e viajei sozinha!

Na Estátua da Liberdade - ela era bem maior na minha imaginação

Apesar de tentar chamar várias amigas para viajar e estudar seus vários planos de viagem para ver se eu me encaixava, nada deu certo. 

Então, mais uma vez, eu respirei fundo e pensei: vou viajar sozinha! Eu já tinha a experiência de Paris e tinha voltado feliz, né? Vi tudo o que eu queria, fiz meus próprios horários, meu próprio itinerário. Me sentia pronta para encarar NYC sozinha também! 

Uma boa dica que eu posso dar para quando você estiver viajando sozinha é ficar de olho no seu orçamento

Algumas despesas como hospedagem, passeios e até alimentação ficam mais baratas em grupo, então achar um hostel bacana e planejar bem a sua viagem são partes essenciais na experiência de viajar sozinha.

Eu escolhi ir para NYC na época mais mágica possível: natal e ano novo! Morando nos Estados Unidos há quase dois anos, eu achava que estava preparada para o frio, mas nova York era muito mais gelada que a minha querida Louisville em Kentucky. 

Eu fiquei turistando em temperaturas abaixo de zero? Pode apostar que sim! E eu nem ligava, na verdade… afinal, era Nova York! 

Mas tenho que admitir que o frio me pregou algumas peças. Um dia, quando estava passeando pelo Central Park, eu me perdi. Eu estava saindo do Metropolitan Museum of Art e tentando ir para o Guggenheim cortando caminho pelo parque – afinal de contas, eu já era uma nova-iorquina de coração, certo? Errado! 

Eu tive que seguir umas pessoas para conseguir sair de lá, enquanto pensava na manchete “au pair brasileira morre de frio em Nova York” hahahaha! DRA-MA!

O frio me deu mais uma desculpa para me entocar nos museus e absorver de canudinho toda aquela cultura que NYC prometia.

Tomei a cultura de Nova York de canudinho!

Com Sherry e Ozzy Osbourne no Museu Madame Tussaud. Sozinha posso fazer o que mais gosto: curtir os museus sem pressa!

Eu havia comprado um City Pass – algo como um bloquinho de ingressos para as principais atrações da cidade, no qual você compra o pacote com um desconto bacana – e queria fazer TUDO que eu tinha direito. 

Além do Met e do Guggenheim, eu também fui no MoMA (acho que meu favorito de todos), no Museu de História Nacional (aquele que tem os dinossauros e os bichos empalhados) e no Madame Tussaud, o famoso museu de cera com estátuas de todas as celebridades. 

Aqui também entra uma dica importante para quem viaja sozinha: deixe a timidez no carrossel de malas do aeroporto. Você vai precisar interagir muito com as pessoas, principalmente para aquelas fotos que uma selfie não faria jus. 

O museu de cera é um desses momentos, e você vai precisar da ajuda dos seus colegas turistas para registrar os melhores momentos.

O City Pass também tinha o ingresso para a Estátua da Liberdade – uma moça que é bem menor e menos imponente do que eu esperava, assim como a Monalisa no Louvre. 

A fila leva horas. Horas. Muitas horas. Tem que reservar um dia inteiro para esse passeio, mas vale a pena. Lady Liberty é um dos maiores símbolos de Nova York, e eu estava tomando NYC de canudinho, lembra?

Na fila, eu fiz amizade com duas fofas chinesas e passamos praticamente todo o passeio conversando, tirando fotos, trocando ideias e hoje elas fazem parte de uma excelente memória dessa viagem. 

Essa, talvez, seja uma das partes mais interessantes de viajar sozinha: conhecer pessoas de todos os lugares possíveis, ouvir suas histórias, conhecer um pouco de sua cultura e contar um pouquinho da minha também.

Nessa história de conhecer gente nova, às vezes você se mete em algumas enrascadas também, como o casal que eu conheci no Rockefeller Center, em frente àquela árvore de Natal estupenda. 

Eles eram de Oklahoma, Arkansas… já não me lembro direito. Mas a gente ficou conversando e, na hora de tirar fotos, o tiozinho vira e me fala: eu queria tirar uma foto com você. Claro! A gente se posiciona da frente da câmera e não é que o safado passou a mão na minha bunda?

5 vezes em Nova York sozinha - e cada vez é única!

As chinesas fofas que conheci na fila da Estátua da Liberdade. Passamos o dia nos divertindo muito!

Todas as próximas vezes que fui para NYC, eu também fui sozinha. Contando com aquele tour, já visitei a “minha cidade” cinco vezes – e cada vez é diferente da anterior!

Sempre com o meu próprio itinerário, meus horários e minhas vontades. Pode parecer exagero, mas uma vez eu fui e foquei só nos musicais! Assistia um musical por noite, a partir dos bilhetes que estavam em promoção. Eu estava no céu!

Ao preparar uma viagem, principalmente quando se está sozinha, é importante pensar

  • Onde eu quero ir?
  • O que eu vou fazer?
  • Por que eu estou indo?

    E planejar tudo direitinho para evitar perrengue. Bolar seus passeios e criar a sua experiência. A sua viagem.

Mal posso esperar pela minha 6ª vez em NYC! Quem aí também morre de vontade de visitar essa cidade incrível??

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Safe travels!

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De sonhar na Belina a realizar em Paris – por Camile Freitas

Do sonho à realidade - Parte 1

Um longo caminho entre a Belina e Paris

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Viajera convidada: Camile Freitas

Jornalista, cantora de karaokê e mãe de gato

Como Au Pair, ganhando em dólares, pude começar a viajar sozinha. Meu primeiro destino foi a Europa. Em Londres, na London Eye

Eu lembro até hoje o momento exato em que a ficha caiu e eu entendi que teria que viajar sozinha pela primeira vez. Não foi um grande susto ou uma grande decepção, apenas um fato: “é o que tem pra hoje”. 

Talvez um pouco de contexto seja necessário. Eu sou a caçula de três filhos e minha família nunca teve muito dinheiro. Nunca faltou nada, graças a Deus, mas também nunca sobrou. 

Durante toda a minha infância, viajar significava enfiar as crianças na Belina do meu pai (quem lembra desse carro?) e ficar seis horas dentro dele rumo ao norte, para a casa dos meus avós maternos no Rio de Janeiro, ou rumo ao sul, para a casa de praia da minha avó postiça, na Praia de Leste, Paraná

Não se engane: eram viagens divertidíssimas e eu tenho lembranças maravilhosas de montar teatrinhos com a minha irmã na janela da vovó, ou brincar de Uno com os amigos da praia.

Mas enquanto eu aprendia inglês assistindo Friends e Dawson’s Creek, e conhecer Nova York e Paris parecia um sonho distante, eu tinha que ver as colegas de escola viajando para a Disney, fazendo intercâmbio e contando histórias dos outlets de Miami – brasileiros, né mores? 

Eu cheguei a pedir para a minha mãe algumas vezes para fazer intercâmbio, mas o dinheiro não dava. E vida que segue.

A resposta para o meu sonho de adolescente: o programa de Au Pair

Pela 1ª vez não tive que negociar nada com ninguém: passei 6 horas no Museu do Louvre do jeito que eu quis!

Fast forward para depois da faculdade e eu tinha andado de avião só uma vez na vida: um bate e volta no Rio para entrevistar o Edson Celulari para uma revista em que eu escrevia na época. 

Eu fiquei sabendo do programa de au pair quando tinha 23 anos – aquele sistema que você mora na casa de uma família e cuida das crianças por um salário “marromeno”, casa, comida, roupa lavada – que você mesma vai lavar, claro! – e uma bolsa de estudos para justificar o visto de estudante. 

Era a minha chance de fazer o tão sonhado intercâmbio!

E lá vou eu. Preparei as minhas malas, comprei um monte de tranqueira brasileira para levar para a minha família americana – desde paçoca e pé de moleque a Havaianas e CD da Daniela Mercury – e fiz a minha segunda viagem de avião ever com mais umas 30 meninas (bem barulhentas, aliás). 

Calma! Eu vou chegar a parte de viajar sozinha.. podemos chamar esse texto de parte 1, ok?

O hotel do treinamento ficava a duas horas de… NOVA YORK! Que sonho, que maravilha! Eu vou finalmente conhecer Nova York! Chandler Bing, aqui vou eu! Mas que decepção…

Hahahaha! Esse é o problema em criar expectativas, né? Eu e mais não lembro quantas meninas, super cansadas depois da maratona de cursos e aulas, num ônibus mequetrefe, o dia estava muito frio e chuvoso e eu não pude ver nenhum dos lugares que eu sempre sonhei na minha Nova York, porque tínhamos que seguir o roteiro do busão. Fuen Fuen Fuen

Já na casa da minha família, um belo dia a minha host mother me pergunta: o que você pretende com essa experiência? Eu não pensei duas vezes: eu quero viajar! 

 

Minha primeira chance de viajar sozinha

Meu primeiro destino na Europa foi a majestosa Londres: enquanto minha amiga trabalhava, eu explorava a cidade!

Já sabia qual seria meu primeiro destino: Londres, para visitar uma amiga da faculdade que estava dividindo um quarto com outras três brasileiras, e uma esticadinha em Paris. 

Durante o dia, eu conhecia Londres sozinha, já que minha amiga estava trabalhando. Mas, à noite, essa cidade incrível era nossa… pubs divertidíssimos, uma noite inesquecível na famosa balada Heaven e um piquenique à noite, com vinho e sanduíches do McDonald’s no parque em frente à London Eye

Essa rainha sabe das coisas!

Teoricamente, eu sabia que iria a Paris sozinha, que faria as coisas sozinha, dormir no hostel com estranhos sozinha, comer no restaurante sozinha e me virar sozinha. 

Pensei até em desistir, mas estamos falando de Paris aqui. Torre Eiffel, Museu do Louvre, Champs-Élysées e todas as coisas maravilhosas que fazem jus à reputação de Paris.

Logo de cara, percebi uma das principais vantagens de viajar sozinha: você faz o seu próprio roteiro! 

Você acorda a hora que quer, vai onde quer, fica a quantidade de tempo que quiser em cada local e basicamente monta a sua viagem perfeita

Sem ter que ceder para as vontades do seu companheiro de viagem e sem precisar sacrificar algo que queira muito. Londres com a Milena foi fantástica? Sem dúvida! 

Mas Paris foi a minha Paris… desde o choro ao ver a torre Eiffel até a escolha de passar O DIA INTEIRO andando pelo Louvre – incluindo a decepção com a Monalisa de Da Vinci.

Meu primeiro dia foi puxado… eu perdi meu voo Londres – Paris e acabei fazendo amigos estranhos no aeroporto enquanto esperava meu próximo vôo – afinal de contas, não é todo mundo que está disposto a conversar com uma brasileira tagarela com sotaque americano!

Paris foi minha - a descoberta das maravilhas de viajar sozinha

Quando vi a Torre Eiffel chorei de emoção. Mas bom mesmo foi descobrir a liberdade que viajar sozinha proporciona!

Chegando em Paris, fui até o hostel, larguei as malas e me joguei

Comecei na Torre Eiffel, e chorei feito uma criança… estamos falando de 2007, crianças! Então não tinha Instagram (e um esboço do Facebook) para mostrar essas coisas para a família (uhum!). 

Então eu gravava vídeos, na minha câmera digital, para mandar depois. Tive que fazer três takes para não mandar o vídeo com aquela voz embargada, cheia de choro, que a sua mãe adora ouvir quando você está sozinha no mundo!

Na torre, eu passei umas duas horas tirando fotos, andando pelo jardim, subindo nas coisas, vendo ratos nas lixeiras, e fazendo a turista

Sem ninguém para dizer “vamos ficar mais um pouco” ou “já deu, vamos para outro lugar”: eu decidia o horário e o roteiro de tudo! Estava no céu…

Como a maioria das coisas que eu queria ver estavam na Champs-Élysées, eu decidi andar aquela avenida inteira. 

Eu nunca me perdi tanto na vida! “Olha que rua linda!” e entrava ali… “Olha a janela florida! Tem outra ali do lado!” e lá ia eu. E quando eu me dava por mim, onde está Camile? 

Perdida pelas ruas de Paris! E é verdade que os parisienses não gostam de pessoas que perguntam se eles falam inglês… =/

Mas eventualmente, eu achava meu caminho de volta à Champs-Élysées, rumo ao Arco do Triunfo e ao Museu do Louvre. Eu andei tanto nesse dia e fiquei tão cansada que você consegue ver nas fotos o meu humor mudando à medida que o dia vai escurecendo. 

Muitas selfies, claro. Viajar sozinha significa aprender com maestria a arte das selfies.

O dia seguinte teve menos andança. Eu pude acordar a hora que quis, comer no restaurante de minha escolha e ganhar as ruas de Paris mais uma vez. 

No meu segundo (e último) dia em Paris, eu fui à catedral de Notre Dame e tive a oportunidade de passar um tempão admirando todas as pequenas esculturas em sua fachada. 

Não é à toa que ela demorou séculos para ficar pronta – cada pequeno rosto talhado na entrada tem uma expressão magnífica

De lá, direto para o Louvre, onde passei horas andando e absorvendo toda aquela grandiosidade ao meu redor. 

Sempre que combino uma viagem com alguém, tenho que colocar em contrato a quantidade de vezes que vão me deixar ir em um museu… mas sozinha não! E eu não me arrependo de um minuto sequer das seis horas que passei andando pelo Louvre

Viajar com amigos e família tem suas vantagens? Claro que sim! É muito bom ter com quem dividir as coisas – emocional e financeiramente – e compartilhar lembranças, mas eu aconselho todo mundo a não descartar viajar sozinha até você tentar. Você vai se surpreender!

Na parte 2, vou contar outras experiências viajando sozinha. Como a vez que fui para Nova York no Natal e o tiozinho agarrou a minha bunda quando pediu para tirar uma foto comigo! Aguarde no Blog La Viajera!

Quer realizar o sonho de viajar ou fazer um intercâmbio nos Estados Unidos? Conte com a agência La Viajera, entre em contato!